2025-09-08

0430. Não sou de ninguém

 


Não pertenço a nada nem a ninguém

Sou apenas silêncio e memória d’alguém

Sou simplesmente silêncio d’uma emoção

Sou apenas satisfação sorriso e perdição

 

Sou apenas nostalgia d’uma imagem literal

Sou apenas fantasia d’uma excitação mental

Sou simplesmente liberdade do teu Outrora

Sou apenas desejo na realidade deste Agora

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-20
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2025-09-06

0429. Sudário de Turim

 



Diz o povo, com razão, que “a mentira tem a perna curta!”

 

Em Cadouin, França, desde o século XII que os cristãos veneravam e atribuíam milagres a um Sudário (peça de tecido) que supostamente teria envolvido a cabeça de “Cristo” e tinha sido preparada pela própria “Virgem Maria”.

Porém, inesperadamente, em 1935, a Igreja Católica cancelou abruptamente todas as peregrinações e cerimónias pois descobriu que a “relíquia” continha a inscrição “em nome de Deus clemente e misterioso… Deus não há senão Allah” e teria pertencido a Moustali, califa do Egipto entre 1094 e 1101.

 Resumindo, por mais de 700 anos, milhares de fiéis cristãos veneraram um véu islâmico que continha inscrições que glorificaram Allah… -um longo e humilhante período de paixão religiosa, agora desmascarado, ridicularizado e alvo de chacota popular.

 

Como há algum tempo que uma relíquia da Igreja Católica não era desmascarada ou desacreditada, eis que chegou a vez do Sudário de Turim.

 

O Sudário de Turim é um pano de linho que se encontra guardado na Catedral de Turim, norte da Itália, desde 1578, que mostra a imagem de um homem que milhões de católicos ainda hoje veneram por acreditarem piamente que se trata da mortalha que envolveu o corpo de “Cristo” após a sua crucificação.

Tal como o Sudário de Cadouin, o Sudário de Turim também tem uma longa e controversa história de devoções e desacreditações…

Recentemente, Cícero Moraes, designer brasileiro, publicou um estudo científico onde demonstra que a imagem do Sudário não foi formada pelo contato de um corpo humano, mas sim por um molde de baixo-relevo, uma técnica artística comum na Idade Média, levantando assim dúvidas sobre a sua autenticidade.

Já em 1988, uma datação por radiocarbono efetuada por três laboratórios diferentes, tinha estabelecido que o material de linho do Sudário foi produzido entre os anos 1260 e 1390, o que reforça o estudo de Cícero de Morais, uma vez que estas representações religiosas em baixo-relevo eram práticas comuns na Europa nesse período.

Entretanto, eis que um documento medieval, recentemente descoberto, vem complementar as provas anteriores e arrasar por completo a crença do Sudário, classificando-a como uma “fraude deliberada”.

“A autenticidade do Sudário já tinha sido rejeitada por Nicole Oresme, teólogo do século XIV que se tornaria Bispo de Lisieux. Oresme classificou o Sudário como um “engano claro e patente” que teria sido orquestrado por clérigos para obter donativos dos fiéis.”

Esta análise de Oresme é, pois, a rejeição mais antiga que se conhece sobre a autenticidade do Sudário o que revela que nessa altura já se sabia que era falso!

 

Há mais de 500 anos que a Igreja Católica sabe que o Sudário de Turim é falso!

 

Perante a esmagadora evidência das provas agora apresentadas, muita gente questionará…

Como é que a Igreja Católica consegue fazer com que milhões de pessoas continuem a acreditar piamente que o Sudário é uma mortalha que envolveu o corpo de “Cristo” após a sua crucificação?

Como é que o Vaticano consegue manter vivo este “milagre”?

 

A resposta é muito simples…

O Sudário é um negócio lucrativo que continua a dar dinheiro… muito dinheiro!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2025-09-03
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2025-09-04

0428. Ateísmo

 


A ausência de crença em entidades supranaturais, não implica propriamente um vazio existencial… pelo contrário!

A ausência de crença permite-me viver plenamente e ser relativamente feliz no seio de uma família estruturada e num meio social e profissional equilibrado e regrado.

A ausência de crença permite-me levar uma vida completamente pacífica, guiada por parâmetros éticos e sobretudo racionais que sempre defini como prioritários para me sentir plenamente satisfeito neste breve lapso de tempo que tenho o privilégio de desfrutar.

A ausência de crença, não implica qualquer privação, negação, sacrifício… ou eventualmente que viva o dia a dia obcecado com a ideia de Fim. Na realidade tenho perfeita consciência do fim e sobretudo a consciência que é fundamental viver plenamente o momento ou pelo menos não morrer antes do fim, obcecado ou amedrontado com ameaças de infernos ou promessas de eternidades, em troca de comportamentos que impliquem desperdícios temporais com devoções, rituais ou sacrifícios absolutamente inúteis, humilhantes e patológicos.

O ateísmo não é uma crença… mas sim a sua ausência!

Abordo as crenças porque alguém se lembrou de inventar ou criar seres imaginários não apenas com o intuito de responder aos seus anseios e desejos de perfeição… mas, porque na maioria dos casos, são usadas com o vil propósito de dominar, enganar e explorar os mais pobres e desfavorecidos.

Abordo as crenças porque, de forma incessante, me procuram impor e impingir os seus amigos invisíveis e imaginários, que obviamente não ultrapassam o filtro lógico da minha racionalidade.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma resposta a esse comportamento mitológico/patológico/ancestral que, na generalidade, é fruto da ignorância e limitação humana relativamente à realidade envolvente.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma reação natural aos dogmas que me querem impor, às imoralidades e inverdades que sucessivamente vão sendo desmascaradas e desmentidas pela ciência.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma reação natural à endoutrinação, à manipulação, ao ódio e à intolerância religiosa que normalmente gera guerras e lutas fratricidas.

No fundo o ateísmo é apenas viver naturalmente o momento, reagindo e fazendo uso contínuo da razão quando colocada em causa.

No fundo o ateísmo é apenas viver naturalmente e pacificamente o momento de acordo com os padrões de justiça social que norteiam as sociedades livres e democráticas.

 

No fundo ser ateu é contribuir para uma sociedade mais racional… mais justa… e sobretudo para uma melhor distribuição dos recursos e riquezas do planeta.

 

É-me impossível admitir a mentira por mais que afirmem ser verdade!

É-me impossível ultrajar a verdade por mais que insistam na mentira!

 

O ateísmo, não é, pois, nenhuma crença!

O ateísmo é simplesmente não acreditar em entidades divinas!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2025-08-10
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2025-08-24

0427. Comunicar

 


Comunicar não é, hoje, uma tarefa fácil… não deixando de ser um desafio estimulante e um prazer sem limites!

Somos eminentemente sociais… precisamos partilhar e dar a conhecer a quem nos rodeia o que realmente pensamos e sentimos.

 

Comunicar exige preparação…

É preciso definir claramente o tema e o objetivo do que pretendemos alcançar para que não restem dúvidas sobre a mensagem a transmitir.

É preciso saber a quem nos dirigimos… quais os interesses, as necessidades para que possamos ir de encontro às suas expetativas.

É preciso sorrir… o sorriso criar empatia e despertar a audiência… o sorriso é a primeira palavra do orador!

Comunicar exige método…

É preciso definir uma abertura… a frase que sintetize e desperte o interesse inicial.

É preciso que a mensagem seja simples, clara, concisa e direcionada ao público… por forma a que assimilada de forma fácil e rápida…

Discursos muito longos e monótonos tendem normalmente a cansar e desinteressar o público… por isso convém ser o mais breve possível.

É preciso um rigoroso e apropriado uso da linguagem, com respeito pelas regras gramaticais, por forma a transmitir uma imagem positiva.

É muito importante que o tom de voz seja firme e confiante, com pausas e silêncios, com articulação das palavras e sobretudo que o vocabulário seja adequado ao momento da comunicação.

É preciso olhar as pessoas nos olhos, cativar, espicaçar o interesse e entusiasmo de acordo com as suas emoções e reações…

Dúvidas ou questões… convém estar sempre aberto a esclarecer… e se no momento não souber, adie a resposta correta para mais tarde.

É preciso apresentar sempre uma síntese ou conclusão das principais ideias desenvolvidas.

É preciso corrigir o erro… e sobretudo muita prática!

 

Comunicar não é, hoje, uma tarefa fácil… mas também não é uma missão impossível!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-15
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2025-08-23

0426. Liberdade religiosa

 


A liberdade, tal como a liberdade religiosa, são valores fundamentais duma sociedade livre e democrática.

Liberdade, no entanto, não é exatamente o mesmo que liberdade religiosa.

A liberdade permite expressar plenamente sentimentos e pensamentos, interagir com os semelhantes, sejam eles crentes ou descrentes.

A liberdade religiosa, permite apenas expressar uma crença, deixa de ser liberdade quando procura subjugar a liberdade d’outras crenças e sobretudo a liberdade dos que não têm qualquer crença.

A liberdade religiosa, ao tornar-se dominante, tende normalmente em impor a sua liberdade à liberdade dos demais… a subjugar ou eliminar livres-pensadores e todos os que a questionam…

Pais com plena liberdade religiosa, normalmente acreditam que tem o direito de educar os filhos segundo os rituais da sua religião… -certamente porque nunca tiveram liberdade para escolher o que também acabam por impor aos seus filhos.

Ao fazerem-no, de forma consciente ou inconsciente, não estão apenas a retirar-lhes a liberdade de escolha religiosa, mas também a autêntica liberdade e sobretudo a condicionar todo o seu futuro.

À luz da liberdade religiosa, esses progenitores acreditam piamente que têm o direito e a obrigação de o fazerem; mas, na realidade, não devem, nem o podem fazer.

Não podem violar a liberdade (de escolha) dos filhos!

Não podem impor a sua liberdade religiosa a uma inocente criança que ainda não têm uma capacidade de decisão/escolha realmente solidificada.

Tal poderá fazer com que, no futuro, a criança seja incapaz de distinguir fantasia de realidade… e sobretudo liberdade religiosa de plena liberdade!

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-14
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Obs.:
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2025-07-26

0425. Seleção natural

 


A seleção natural é “um processo de extinção das espécies mais fracas em detrimento das mais fortes” (não das mais inteligentes), que acabarão por sobreviver…

A natureza opera mudanças e mutações aleatórias no planeta e em todas as espécies que se vão adaptando conforme as necessidades e instintos de sobrevivência.

Em situações de escassez de recursos, obviamente que haverá uma aceleração da extinção de espécies, tal como o contrário na situação inversa.

Atualmente, apesar da extinção de inúmeras espécies, o processo natural permite que muitas sobrevivam ou se reproduzam em grande número, normalmente com o sacrifício das mais fracas.

Existe um equilíbrio vital entre todos os ecossistemas e o Sol assume um papel absolutamente vital na vida e na suficiência energética…

A velocidade de reprodução de cada espécie e o alimento gerado pelo planeta, são fundamentais para este equilíbrio, onde praticamente todas as espécies (fortes e fracas) dependem umas das outras.

Havendo um fenómeno artificial ou natural como o que extinguiu os dinossauros (meteorito), uma eventual extinção da espécie humana poderá ocorrer, o que não impediria o processo de regeneração da vida, com novas formas, inteligentes ou não…

 

Por ser um processo natural e aleatório, pode realmente acontecer, independentemente da consciência ou necessidades humanas.

Não é a vontade ou a inteligência da espécie humana que o determina!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2020-07-23
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