2020-04-15

0152. Escrevo


Sinto profundamente...
Sinto esta terrível ansiedade de escrever... e escrevo!
Escrevo no limiar do sentimento, despido de palavras, no impulso que gera o gesto motor, suavemente… tão-somente o significado que as palavras conferem ao sentimento... ao pensamento...
Escrevo toda esta possível sinceridade interior…
Escrevo a impossibilidade de abarcar o mundo exterior… aproximando o mais perfeitamente possível a forma como o vejo... o sinto… o penso...
Escrevo o Momento e todas as presunções sensoriais enquanto algo são...
Escrevo a esta surpreendente Vida…
Escrevo tão simplesmente pelo prazer mental…
Escrevo a constatação do meu Ser...
Escrevo a “este pequeno gigante à beira mar plantado”, na sombra de nostálgicos mastros de passado, procurando despertar e reerguer tão grande alma, mergulhada num indiferente e desvanecido sono secular…
Escrevo à Paz, à Justiça, à Educação e ao bem comum...
Escrevo ao respeito pela natureza e por todos os seres…
Escrevo essencialmente ao mais sublime e puro dos sentimentos:
O Amor.


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Autor: Carlos Silva
Data: 1995-07-14
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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0151. Ultimatum




Tenho à minha frente o “Ultimatum Futurista às gerações portuguesas do Séc. XX” de Almada Negreiros...
Lera-o há algum tempo atrás…
Reli-o hoje… tão simplesmente porque numa associação temática me ressurgiu em mente…
Reli-o e adorei.

Não creio que Portugal seja um país decadente...
Não creio que sejamos um país de fracos...

Continuamos a ser “Heróis do Mar…”
Continuamos a ser um “Nobre Povo…”
Continuamos livres e com o mesmo espírito de aventura…

Reergamos a Glória!
Ainda há tanto por descobrir!
Ainda há tanto por fazer!


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Autor: Carlos Silva
Data: 1995-07-14
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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0150. Diário



Abro este fiel Diário de puro sentimento
Abro este fiel diário de genuíno pensamento
Todos os factos objeto de meditação existiram ou existem efetivamente algures, em algum tempo, em alguma parte interior ou exterior de mim
Abre naturalmente como uma flor
E crescerá ao doce sabor desta minha simples natureza

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Autor: Carlos Silva
Data: 1995-08-24
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Obs:
Direitos reservados.
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