Em pleno séc. XXI, mais do que uma irracionalidade, é uma
autêntica humilhação, afirmar, sem qualquer prova ou justificação, que existe “deus”.
Esta inquestionável e interminável história da Idade das Trevas tem
vindo a ser de tal forma alimentada, que se transformou na inquestionável verdade
da história da humanidade.
Um autêntico monstro!
Um monstro que se criou… e tudo criou!
Um monstro que assumiu a forma humana e cujo limite é o que a fé
pode imaginar.
Um monstro que se apropriou do ser, do viver e do perecer.
Um monstro que se apropriou do bem, do mal, da beleza e da moral.
Um monstro que pode salvar… mas também pode punir e matar.
Um monstro que tudo controla… e perdura eternamente no tempo.
Um monstro de imponentes catedrais, reino organizado, território, fiéis
seguidores e doutrina educacional instituída…
Um monstro de usos e costumes, educação, cultura, arte…
Um monstro poderoso, padronizado e de incalculável poder
financeiro.
Um monstro ditador e detentor de poderes sobrenaturais.
Um monstro que é amor… e alimenta-se de ódio.
Um monstro voraz que se alimenta de sangue, miséria e sacrifício
humano.
Um monstro absolutamente omnipotente, omnipresente e omnisciente.
Um autêntico monstro da humanidade!
É impossível apagar da história as tragédias factualmente relatadas
pelos antepassados e por muitos dos nossos contemporâneos [1]
atribuídas a este monstro!
É impossível ficar indiferente a tanta guerra e genocídio cometidos
em nome deste monstro!
Urge desmistificar e matar definitivamente este abominável
monstro!
Urge despertar e libertar as suas presas!
As novas gerações precisam crescer saudavelmente!
As novas gerações precisam pensar e decidir o seu futuro!
Sem monstros!
[1]
Richard Dawkins: “Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro,
atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão
da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de
sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de
Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e
cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos («Deus quer que dês
até te doer»). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas,
decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um
centímetro de pele.”