2025-09-04

0428. Ateísmo

 


A ausência de crença em entidades supranaturais, não implica propriamente um vazio existencial… pelo contrário!

A ausência de crença permite-me viver plenamente e ser relativamente feliz no seio de uma família estruturada e num meio social e profissional equilibrado e regrado.

A ausência de crença permite-me levar uma vida completamente pacífica, guiada por parâmetros éticos e sobretudo racionais que sempre defini como prioritários para me sentir plenamente satisfeito neste breve lapso de tempo que tenho o privilégio de desfrutar.

A ausência de crença, não implica qualquer privação, negação, sacrifício… ou eventualmente que viva o dia a dia obcecado com a ideia de Fim. Na realidade tenho perfeita consciência do fim e sobretudo a consciência que é fundamental viver plenamente o momento ou pelo menos não morrer antes do fim, obcecado ou amedrontado com ameaças de infernos ou promessas de eternidades, em troca de comportamentos que impliquem desperdícios temporais com devoções, rituais ou sacrifícios absolutamente inúteis, humilhantes e patológicos.

O ateísmo não é uma crença… mas sim a sua ausência!

Abordo as crenças porque alguém se lembrou de inventar ou criar seres imaginários não apenas com o intuito de responder aos seus anseios e desejos de perfeição… mas, porque na maioria dos casos, são usadas com o vil propósito de dominar, enganar e explorar os mais pobres e desfavorecidos.

Abordo as crenças porque, de forma incessante, me procuram impor e impingir os seus amigos invisíveis e imaginários, que obviamente não ultrapassam o filtro lógico da minha racionalidade.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma resposta a esse comportamento mitológico/patológico/ancestral que, na generalidade, é fruto da ignorância e limitação humana relativamente à realidade envolvente.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma reação natural aos dogmas que me querem impor, às imoralidades e inverdades que sucessivamente vão sendo desmascaradas e desmentidas pela ciência.

No fundo o ateísmo não é mais do que uma reação natural à endoutrinação, à manipulação, ao ódio e à intolerância religiosa que normalmente gera guerras e lutas fratricidas.

No fundo o ateísmo é apenas viver naturalmente o momento, reagindo e fazendo uso contínuo da razão quando colocada em causa.

No fundo o ateísmo é apenas viver naturalmente e pacificamente o momento de acordo com os padrões de justiça social que norteiam as sociedades livres e democráticas.

 

No fundo ser ateu é contribuir para uma sociedade mais racional… mais justa… e sobretudo para uma melhor distribuição dos recursos e riquezas do planeta.

 

É-me impossível admitir a mentira por mais que afirmem ser verdade!

É-me impossível ultrajar a verdade por mais que insistam na mentira!

 

O ateísmo, não é, pois, nenhuma crença!

O ateísmo é simplesmente não acreditar em entidades divinas!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2025-08-10
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2025-08-24

0427. Comunicar

 


Comunicar não é, hoje, uma tarefa fácil… não deixando de ser um desafio estimulante e um prazer sem limites!

Somos eminentemente sociais… precisamos partilhar e dar a conhecer a quem nos rodeia o que realmente pensamos e sentimos.

 

Comunicar exige preparação…

É preciso definir claramente o tema e o objetivo do que pretendemos alcançar para que não restem dúvidas sobre a mensagem a transmitir.

É preciso saber a quem nos dirigimos… quais os interesses, as necessidades para que possamos ir de encontro às suas expetativas.

É preciso sorrir… o sorriso criar empatia e despertar a audiência… o sorriso é a primeira palavra do orador!

Comunicar exige método…

É preciso definir uma abertura… a frase que sintetize e desperte o interesse inicial.

É preciso que a mensagem seja simples, clara, concisa e direcionada ao público… por forma a que assimilada de forma fácil e rápida…

Discursos muito longos e monótonos tendem normalmente a cansar e desinteressar o público… por isso convém ser o mais breve possível.

É preciso um rigoroso e apropriado uso da linguagem, com respeito pelas regras gramaticais, por forma a transmitir uma imagem positiva.

É muito importante que o tom de voz seja firme e confiante, com pausas e silêncios, com articulação das palavras e sobretudo que o vocabulário seja adequado ao momento da comunicação.

É preciso olhar as pessoas nos olhos, cativar, espicaçar o interesse e entusiasmo de acordo com as suas emoções e reações…

Dúvidas ou questões… convém estar sempre aberto a esclarecer… e se no momento não souber, adie a resposta correta para mais tarde.

É preciso apresentar sempre uma síntese ou conclusão das principais ideias desenvolvidas.

É preciso corrigir o erro… e sobretudo muita prática!

 

Comunicar não é, hoje, uma tarefa fácil… mas também não é uma missão impossível!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-15
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2025-08-23

0426. Liberdade religiosa

 


A liberdade, tal como a liberdade religiosa, são valores fundamentais duma sociedade livre e democrática.

Liberdade, no entanto, não é exatamente o mesmo que liberdade religiosa.

A liberdade permite expressar plenamente sentimentos e pensamentos, interagir com os semelhantes, sejam eles crentes ou descrentes.

A liberdade religiosa, permite apenas expressar uma crença, deixa de ser liberdade quando procura subjugar a liberdade d’outras crenças e sobretudo a liberdade dos que não têm qualquer crença.

A liberdade religiosa, ao tornar-se dominante, tende normalmente em impor a sua liberdade à liberdade dos demais… a subjugar ou eliminar livres-pensadores e todos os que a questionam…

Pais com plena liberdade religiosa, normalmente acreditam que tem o direito de educar os filhos segundo os rituais da sua religião… -certamente porque nunca tiveram liberdade para escolher o que também acabam por impor aos seus filhos.

Ao fazerem-no, de forma consciente ou inconsciente, não estão apenas a retirar-lhes a liberdade de escolha religiosa, mas também a autêntica liberdade e sobretudo a condicionar todo o seu futuro.

À luz da liberdade religiosa, esses progenitores acreditam piamente que têm o direito e a obrigação de o fazerem; mas, na realidade, não devem, nem o podem fazer.

Não podem violar a liberdade (de escolha) dos filhos!

Não podem impor a sua liberdade religiosa a uma inocente criança que ainda não têm uma capacidade de decisão/escolha realmente solidificada.

Tal poderá fazer com que, no futuro, a criança seja incapaz de distinguir fantasia de realidade… e sobretudo liberdade religiosa de plena liberdade!

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-14
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2025-07-26

0425. Seleção natural

 


A seleção natural é “um processo de extinção das espécies mais fracas em detrimento das mais fortes” (não das mais inteligentes), que acabarão por sobreviver…

A natureza opera mudanças e mutações aleatórias no planeta e em todas as espécies que se vão adaptando conforme as necessidades e instintos de sobrevivência.

Em situações de escassez de recursos, obviamente que haverá uma aceleração da extinção de espécies, tal como o contrário na situação inversa.

Atualmente, apesar da extinção de inúmeras espécies, o processo natural permite que muitas sobrevivam ou se reproduzam em grande número, normalmente com o sacrifício das mais fracas.

Existe um equilíbrio vital entre todos os ecossistemas e o Sol assume um papel absolutamente vital na vida e na suficiência energética…

A velocidade de reprodução de cada espécie e o alimento gerado pelo planeta, são fundamentais para este equilíbrio, onde praticamente todas as espécies (fortes e fracas) dependem umas das outras.

Havendo um fenómeno artificial ou natural como o que extinguiu os dinossauros (meteorito), uma eventual extinção da espécie humana poderá ocorrer, o que não impediria o processo de regeneração da vida, com novas formas, inteligentes ou não…

 

Por ser um processo natural e aleatório, pode realmente acontecer, independentemente da consciência ou necessidades humanas.

Não é a vontade ou a inteligência da espécie humana que o determina!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2020-07-23
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2025-07-24

0424. Sorriso

 


A vida sorri-me apaixonadamente

 

De soslaio qual inocente namorado

Retribuo e sorrio-lhe despercebidamente

 

Adoro sorrir

Adoro sorrir ao sorriso da vida

Que apaixonante e deslumbrante é o sorriso da vida

Como não sorrir despercebidamente a este encantador sorriso

 

Confesso que me apaixonei pelo deslumbrante sorriso da vida

Confesso que me transformei no seu eterno amante

Confesso que o seu sorriso é a alma da minha vida

 

Como não sorrir a este deslumbrante sorriso da vida

Como não sorrir a todos os sorrisos do mundo

 

Não é utopia viver diariamente neste sorriso

Não é utopia sentir plenamente cada momento

Sorrir é sentir plenamente cada abraço e cada beijo

Sorrir é dar e receber este presente todos os dias

 

Como não sorrir a este desmedido sorriso da vida

Como não fazer da vida um eterno sorriso

Na realidade já não consigo viver sem sorrir

 

A vida sorri-me apaixonadamente

E eu retribuo-lhe sorrindo despercebidamente

A minha vida já não é apenas o sonho de Lennon

A minha vida é a realidade do sonho de Lennon

A minha vida é este deslumbrante Agora

 

A minha vida é este sorriso do tamanho do mundo


 

Autor: Carlos Silva
Data: 2020-06-02
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2025-02-01

0423. Sudarium Capitis


 

Desde o século XII, em Cadouin, França, os cristãos veneraram, efetuaram peregrinações, atribuíram milagres e ressurreições a uma peça de tecido (“sudarium capitis”) que supostamente teria envolvido a cabeça de Cristo e sido preparada pela própria “Virgem Maria”.

 

Inesperadamente, em 1935 o bispo de Périgueux suprimiu todas as cerimónias porque foi descoberto por um professor da Escola de Línguas Orientais, de Paris, que continha a inscrição:

“Em nome de Deus clemente e misterioso (De Deus não há senão Allah) seu associado. Mahomet é o enviado de Allah…” -que teria pertencido a Moustali, que foi califa do Egipto entre 1094 e 1101. O pano terá sido tecido nessa época.

 

Até à Revolução, o sudário foi considerado uma das mais importantes relíquias de França, ao ponto de no século XVIII o Padre Frison lhe chamar “o mais antigo e firme monumento da Religião” (Católica).

“Fiéis em multidão vieram orar diante deste precioso motivo de paixão” …

A “Igreja encorajou as peregrinações e numerosos Papas atribuíram graças e indulgências aos peregrinos” …

“As peregrinações continuaram cada vez mais numerosas, acompanhadas de milagres retumbantes e prodigiosos (ressurreições)…”

 

Por mais de 700 anos os fiéis católicos veneraram um manto que continha inscrições que glorificaram Allah e Mahomet e catorze papas declararam solenemente que o Sudário de Cadouin era autêntico.

O bispo Debert afirmou que, “duvidar da sua autenticidade, equivalia a nunca mais podermos dar crédito a testemunhos humanos”.

 

Para além deste longo e humilhante período de tempo de “paixão religiosa” que a Igreja Católica devotou a um véu islâmico, é de salientar a forma brusca como foi interrompida após ter sido desmascarada… e sobretudo como tem sido silenciada para não cair na chacota popular ou objeto de ridicularização perante a opinião pública.

 

Se a “autenticidade dos milagres tem no sudário de Cadouin o seu mais genuíno padrão” e o tomarmos como um exemplo histórico que teve início no século XII e foi venerado por multidões de peregrinos até 1935, então o que dizer, do fenómeno (“milagre de Fátima”), que teve início em 1917 e pouco mais que um século de vida tem, mas atinge hoje uma das suas fazes mais apoteóticas e de maior fulgor económico?

 

Fonte: Fátima Desmascarada, Cap. XI., João Ilharco

Nota: “Sudarium Capitis”: Manto muçulmano com 2,81 m comprimento e 1,13 de largura.

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2023-02-02
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