Mais uma vez penso na (im)perfeita
banalidade dos meus pensamentos... [1]
Mais uma vez me contento em saber que
por momentos sou algo[2]
que não sei…
Lanço momentos para um qualquer papel,
e mais tarde, entretenho-me a dar-lhe vida literalmente…
Sinto-Me longe de mim…
Olho-Me desassossegado para a curiosa
capicua que gera a inversão do papel[3]
e os lábios esboçam um impávido sorriso. Ao contrário tudo permanece
semelhante, tal como eu…
Canso-Me o desespero de pensar...
Canso-Me a satisfação de pensar…
E quando finalmente regresso a mim,
resta a banalidade das sensações como se reiniciasse outra forma de vida (como
um perfeito pessoano[4] vivendo interiormente o sonho…).
E quando finalmente regresso a mim,
resta a realidade do último ato de amor… -o mais recente pensamento que
remeterei para subterfúgios do subconsciente.
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1996-06-09
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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[1] A banalidade do momento…
o Agora… o Ser… o Não-Ser… a Consciência da efemeridade da vida… o pensamento
sobre as sensações do último ato de amor…
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