Por momentos admiti[1]
a Verdade do Fim…
Quem não pensou já na finitude do seu Eu…
em Nada?!
Quem não sentiu já a imagem da perda do
seu Mundo-existencial? (o Nada-do-Nosso-Mundo
derramado pelo Mundo... em Cinzas-de-nada...
-só um insensível não o admitirá... até o mais integro e perfeito dos ascetas
se terá interpelado: “e depois?!”).
Por momentos admiti[2]
a Verdade do Fim.
Admiti a
mortalidade.
Admiti ser um
simples animal do mundo.
Admiti ser tão-somente
este Presente.
Perante o chão da minha consciência
deparo com o eterno abismo Humano.
Perante a consciência do meu chão
deparo com a efémera realidade da Vida.
Magoa pensar a Verdade-Possível do
nosso Ser...
Afrontar esta simples abstração… eis a minha única fé!
Enfrentar esta simples e efémera sensação de Ser que admite contemplar...
contemplá-la... é algo maravilhoso!
Beijos, abraços…
Emoções físicas e psicológicas...
Todas as imensas sensações do dia…
Nada...
A mente perdeu-se em banais-nadas… eventualmente rejeitando a
crueldade do… Nada!
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1995-07-??
Imagem: Internet
Obs: Nada…
Direitos reservados.
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