Vi na comunicação social que…
“Ontem à meia-noite foi um dia histórico na Arábia Saudita… porque
as mulheres conduziram um veículo pela primeira vez…”
É verdade!
Antes estavam proibidas!
Dá que pensar!
Como é possível no século XXI?!
Como é que em pleno século XXI, um ser humano do sexo feminino,
para conduzir uma máquina (neste caso uma viatura… a sua viatura) não basta
apenas saber conduzir e conhecer as regras de circulação, mas ter que ser
autorizado por outro ser humano… neste caso um rei - homem, é claro!
Como é que em pleno século XXI ainda existem “estados” que se
regem por leis (neste caso muçulmana: Sharia) que proíbem um ser humano de
conduzir a sua viatura, só porque, a natureza aleatoriamente lhe conferiu o
género feminino e uns ditos moralistas ultraconservadores, profetas, não sendo
médicos, discordam, afirmando que conduzir pode ferir os ovários?
É simplesmente surrealista, mas está a acontecer…
Está a acontecer hoje… na realidade!
Como é que em pleno século XXI ainda existem “estados” que se
regem por leis que proíbem uma mulher de andar sozinha na rua sem o seu
“guardião” masculino que tem que ser o marido, o pai ou o irmão… que considera
que a educação de uma mulher não é necessária… que deve ficar em casa… e que na
escola ou no restaurante os homens se devem separar das mulheres?
Como é que em pleno século XXI ainda existem “estados” que obrigam
as mulheres a cobrir o corpo… (deixando apenas ver o rosto, os olhos, as mãos e
pés…) com “vestes longas”, pretas… folgadas e opacas para não mostrarem as
linhas do corpo?!… Onde a palavra de uma mulher não é tão valiosa como a do
homem… as sentenças podem não se basear na lei, mas em tradições tribais…
proíbe de falar em seu nome à polícia, ou queixar-se do seu próprio agressor?
Como é que em pleno século XXI ainda existem “estados” que se
regem por leis onde as meninas, menores são obrigadas a casar … tão cedo que
aos 12 anos tem de pedir ajuda para se divorciar de um marido de 80 anos com
quem por determinação dos pais casara?
Dá igualmente que pensar que a maior parte destas mulheres aceite
e não pretenda mudar tal situação… aliás, até mesmo no ocidente, há pouco,
alguém dizia que “o lugar da mulher é em casa” e que é “normal o marido
bater-lhe se esta se portar mal…”
Na verdade, mais do que pensar…
Importa compreender…
Importa ajudar a despertar…
Ainda estamos muito longe do respeito dos direitos fundamentais de
todos os seres humanos, nomeadamente no que se refere ao género.
Direitos reservados.
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