2018-04-04

0094. Sensações






Sinto!... Não paro de sentir...
A maior parte do tempo que me falta pensar[1]ocupei-o a sentir... a viver…

Tempo essencialmente dedicado ao trabalho, à família, ao Eu...
Tanto sentimento sentido sem limite!...
Tantas sensações, agora aliadas a este desconforto intelectual, a estas insípidas pinceladas de literatura... de subjetividade, abstrações de incapacidade interpretativa, soltas de vida, de alma...  -imagino a pintura que se afigura num qualquer painel mental...
Conforta-me a sua essência….
Conforta-me a sua existência…  
Conforta-me esta paisagem sensorial pura e perfeita!

Sinto!... Não paro de sentir…
Sensações que passam a correr... agora a decorrer...

Sinto!... Não paro de sentir...
Sensações que teimam em desprender… em libertar...

Que palavras para o Amor?
Que palavras o Nada?
Talvez não existam mesmo respostas…
Talvez Amar seja simplesmente este amar…
Talvez Nada seja mesmo absolutamente nada...

Eis porque me contento com este simples Ser!
Eis porque me contento com estas simples Sensações!

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Autor: Carlos Silva
Data: 1995-09-25
Imagem: Internet
Obs:
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