2021-02-28

0236. Apetece-me

 


Apetece-me!

Queres amanhecer comigo?

Apetece-me desaparecer contigo!

Apetece-me Sentir completamente perdido!

Perdido nos teus braços à beira-mar!

Apetece-me apenas amar, amar, amar!

Apetece-te?!

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-26
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0235. Virgens

 


Diz o supremo livro da religião islâmica que os mártires que falecerem em nome de Alláh, irão para o paraíso eterno com direito exclusivo a 72 supramundanas virgens!

Mais incrível que o ditado, é que alguns líderes conseguem convencer os seus valentes crentes que tal é absolutamente verdade!

Será que terão também imaginado a eventualidade do mártir ser mulher e lá pelo paraíso existirem também 72 carentes e impacientes homens-virgens à sua disposição?

De onde e como surgirá toda esta multidão de virgens, que mais parece escravatura sexual, ninguém sabe, mas para concederem prazer eterno aos seus mártires, certamente imaculadas não serão?

Pelo menos desfrutarão plenamente sem nunca deixarem de virgens ser!...

Pelo menos os seus gloriosos mártires, sem nada serem, terão o privilégio, qual desmedida ereção, de satisfazerem eternamente tão amplo e opulento harém!

Sexo!… Sexo post mortem!

Que grande blasfémia! -dirá seguramente o seu antagonista cristão ao deparar-se com esta espécie de bordel do paraíso!

 

Era o meu sonho! -dirão (em vida, é claro) outros! 


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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-07
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2021-02-24

0234. Cegueira

 


A maior parte dos seres humanos interioriza e pensa simplesmente o que lhe incutem. Não questiona. Toma tudo como verdade e não consegue sequer distinguir ilusão de realidade. Por medo ou por necessidade, acredita inconscientemente e incondicionalmente numa divindade.

 A maior parte dos seres humanos cegou!

A maior parte dos seres humanos desconhece que cegou!

 

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-07
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2021-02-22

0233. Religiões


 

Praticamente todas as religiões assentam em mitos e ficções da realidade.

Ao longo da história da humanidade criaram e enraizaram nas mais diversas civilizações do mundo o mito do deus-supremo-todo-poderoso, na maior parte das vezes, encarnado na figura humana.

Praticamente todas as religiões consideram o seu deus único e autêntico, não tolerando ou procurando aniquilar os seus oponentes.

Praticamente todas as religiões assentam num primitivismo absolutamente grotesco, ancestral e anormal. A ignorância científica e a cegueira mental são vetores comuns, consequência do isolamento e sobretudo da castração física e mental a que submetem os seus fiéis seguidores, impedidos de fornicar, pensar, ou questionar a sua existência.

Praticamente todas as religiões prometem paraísos e eternidades… em contrapartida ameaçam com medos e infernos…

Praticamente todas as religiões se apropriaram e acomodaram à moral e aos bons costumes, incentivando a caridade e a defesa dos doentes, dos mais pobres e carentes…  mas ostentando, na sua cínica e fingida condição de inutilidade e futilidade, uma desmedida e opulente riqueza, fruto da sua eterna condição de pedinte que vive precisamente à custa daqueles que supostamente defende.

Instalaram-se no tecido social e cultura como uma espécie de vírus que ataca o livre-arbítrio, elimina as mentes mais brilhantes e atrasa consideravelmente o conhecimento científico.

Praticamente todas as religiões violam a natureza humana… substituindo-a por uma espécie de ilusão divina de perfeição que na realidade não existe… não existe objeto de adoração!

Pela sua desmedida ganância de dinheiro e poder, pelo seu voraz desejo de domínio e sobretudo pela sua necessidade de sobrevivência, a humanidade sofreu algumas das suas mais sangrentas guerras-santas e alguns dos seus mais aterrorizadores holocaustos!

 

Não adianta tentar mudar o passado…

Resta apenas raciocinar e mudar a nossa própria mentalidade…

Resta apenas despertar para a realidade…

Para não repetir os erros do passado!

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-09
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2021-02-20

0232. Invasão de Jerusalém

 


Quem hoje observa e vê a religião católica (não apenas!) com o seu omnipotente, omnisciente e omnipresente “deus”, criador “da terra e dos céus”, conhecido à escala planetária como autêntica estrela de cinema, e se dá trabalho de consultar alguns factos históricos, reparará, decerto, que no passado ano de 70 a “Cidade Santa” (Jerusalém) foi cercada e os seus habitantes, judeus, massacrados e escravizados pelos romanos…

 

“Quando os judeus se rebelaram contra a autoridade romana em 70 d.C. – por causa, entre outras coisas, dos altos impostos cobrados –, quatro legiões foram levadas pelo imperador Tito para sufocar a revolta.

Os 70 mil soldados logo viram que a luta não seria fácil. Especialmente quando se defrontaram com as muralhas de Jerusalém, atrás das quais milhares de combatentes judeus buscaram refúgio. A tentativa de invadir a cidade durou sete meses. Setenta mil legionários participaram do cerco.

Constantemente ameaçados por ações de contra-ataque, os legionários fizeram um dos maiores e mais complexos cercos da Antiguidade. Construíram muralhas, torres de assalto, catapultas, escadas e diversos outros equipamentos que faziam das legiões romanas tropas únicas no mundo antigo – além de ótimos guerreiros, eram também excelentes engenheiros.

Ao fim do trágico combate, quando finalmente conseguiram vencer as três muralhas consecutivas que protegiam a cidade, os legionários, irritados com a resistência dos judeus, promoveram um verdadeiro banho de sangue (foram pelo menos 100 mil mortos) e terminaram por incendiar o Templo de Jerusalém, escravizando os sobreviventes.”

 

Consta que um milagroso líder que o povo judeu dessa altura tanto ansiava, era uma pessoa simples (carpinteiro?!) -tal como todo o seu povo, necessariamente pobre e submisso ao poderoso império dominante.

A sua criação e consolidação divina, ao longo da história, com as mais ilustres virtudes humanas, descritas em sucessivos evangelhos, exigiu bastante imaginação, sacrifício e tempo… e sobretudo muito sangue derramado; certamente muito mais do que aquele dos que tombaram no fatídico cerco de Jerusalém, vergados pela fome ou pela lamina da espada.

 

Por essa altura os “cristãos” eram indiscriminadamente sacrificados e atirados aos leões…

Não é por acaso que o atual “deus” fantasia o seu sacrifício, morte, e a perseguição do seu povo como algo que se deve obrigatoriamente enaltecer… -como se em semelhante barbaridade alguma beleza ou altruísmo pudesse existir!

Alguns destes inqualificáveis argumentos de sacrifício e vitimização resultam desse ancestral desejo de vingança… foram e são usados para manipular e extorquir os seus mais pobres e fiéis seguidores…

Nesta aparente submissão, ao longo do tempo, a igreja transformou-se numa espécie de entidade decisora do futuro da humanidade e da eternidade; na dona da vida e da morte; da moral e dos bons costumes; na defensora dos mais pobres e sobretudo dos que mais sofrem…

Par tal desígnio criou a Santa Inquisição, sempre que possível aliada ou sob a alçada do poder instalado…

O que na realidade sempre fez foi proteger-se para sobreviver. Iludir e vingar-se dos seus invasores, criando-lhes anjos e demónios, ao mesmo tempo que eliminava os pensadores e os seus mais acérrimos críticos… entretendo eternamente os restantes para à custa do seu medo, ignorância ou pobreza, poder viver…

Transformou-se num fingido e eterno pedinte que ajuda o povo com as suas orações e dele recebe o seu quinhão, vinho e pão!

 

Tudo em nome do seu único e suposto deus!

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-12
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2021-02-12

0231. Não sou de ninguém

 


Todas as religiões assentam na devoção, na adoração, ou na dedicação incondicional a uma suposta e ridícula divindade… normalmente única, absoluta e dotada de poderes sobrenaturais capazes de criar o “céu e a terra” e até o próprio o homem.

Todas as religiões são absolutamente preconceituosas e discriminatórias; com leis, regras e mandamentos completamente ancestrais, em nome dos quais praticaram (e praticam!) cerimónias totalmente inúteis, e atos, que em alguns casos, são absolutamente criminosos. Por norma não toleram a crítica nem o pensamento livre típico das sociedades democráticas atuais… queimando e crucificando na praça pública aqueles que ousaram e ousam enfrentar ou desmascarar.

A todos os que ao longo da história caíram ou pereceram nas suas garras, aqui fica a minha homenagem e o sobretudo o meu testemunho, sem medos nem fantasmas, para memória futura ou pensamento racional de gerações vindouras.

Não quero deixar nada por pensar… nada por dizer… nada por fazer por não ter coragem de o fazer, por coação, ou simplesmente por não caminhar na mesma direção da multidão…

 

Certo ou errado este é o meu caminho!...

Simplesmente livre de sentir e pensar!…

 

Nasci selvagem e não sou de ninguém!

Não sigo nem sou conduzido por ninguém!

Não pertenço a nenhuma seita, crença ou religião!

Pertenço apenas a mim próprio!

 

Acredito na força das palavras!

Acredito nesta liberdade!

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-02-02
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