quinta-feira, 19 de agosto de 2021

0250. O Milagre do Sol

 



Todas as religiões partem do princípio que alguém lhes revelou uma verdade suprema e absoluta.

Nenhuma ousa sequer questionar quem lhe incutiu essa “verdade” fixa e imutável.

Nenhuma admite estar enganada ou ilusionada.

 

Todo os seres conscientes partem do princípio que a verdade está no que podem observar, ainda que tal possa não corresponder concretamente aquilo que veem.

Podemos ter a ilusão que o sol gira à volta da terra… o que não corresponde à verdade.

Portanto nem tudo o que observamos é realmente o que pensamos ver.

Há, no entanto, evidências observáveis, confirmadas pela ciência, que são indesmentíveis: o facto da terra girar em torno do sol é uma delas!

 

A questão é, pois, saber se o que observamos corresponde ou não à realidade.

Ao observarmos um fenómeno solar a ciência explica-nos o porquê e normalmente aceitamo-lo porque se enquadra logicamente naquilo que observamos.

 

Imagine-se agora que alguém nos diz que, algures no meio de um descampado, num dia de sol radiante de maio de 1917, três humildes pastorinhos, de 7, 8 e 10 anos, sem qualquer escolaridade, disseram aos seus pais que tinham visto uma senhora toda iluminada, a falar, sobre uma azinheira…

 

Qual seria o nosso primeiro impulso racional?

 

Certamente não acreditaríamos!...

Certamente pensaríamos que aquilo que as crianças supostamente terão visto não corresponde à realidade!... ou, eventualmente, que quem disse que as crianças disseram aquilo, mentiu… ou eventualmente forjou as suas declarações com outro propósito qualquer.

 

A quem o assunto despertar interesse, certamente procurará ler e informar-se sobre os factos que estiveram na origem do fenómeno; ou, sobre o que na altura foi dito pelos intervenientes…

 

O que disseram realmente os intervenientes?

 

A mãe da menina (Lúcia, que disse ter visto e falado com a imagem), “morreu na convicção de que a filha era uma grande mentirosa…” -portanto que tinha mentido! Segundo palavras suas… “ninguém devia acreditar na filha porque ela como mãe conhecia-a muito bem!”

 

Quem mais tarde transcreveria meticulosamente as declarações dos meninos foi um tal Cónego Formigão, que (segundo registou também), “pediu à Lúcia que viessem mais 6 vezes…  sempre no dia 13 de cada mês, à mesma hora, para dar tempo para planear uma coisa em grande em outubro… com muita gente!”

 

Sabendo a Igreja da pobreza e ingenuidade das populações locais que “normalmente seguem a lei do menor esforço e engolem tudo o que lhe colocam à frente…”, bastava colocá-las no local do fenómeno e dizer a toda a gente que se tratava de um “milagre”.

O “Milagre do Sol”!

Sempre nos dias 13 de cada mês… de maio a outubro!

 

Jacinta tinha na altura 7 anos e morreu em 1920, três anos depois do fenómeno;

Francisco tinha 8 anos e morreu em 1919 de pneumonia, dois anos após o fenómeno;

Lúcia tinha 10 anos. Aos 14 foi retirada à mãe e colocada num asilo de freiras doroteias, no Porto, onde esteve durante vários anos sem sequer dizer o nome, ou falar a alguém da história de Fátima. Mais tarde seria transferida para um Convento na Galiza onde foi obrigada a fazer-se freira doroteia. Nunca disse que viu o sol dançar, ou algo que se pareça!

“Quem escreveu, o que consta nos documentos, pôs lá o que quis.

Quem escreveu fez as perguntas e obviamente deu as respostas!”

 

Foi então que foi para Fátima um Bispo fazer o reconhecimento oficial do “milagre”, proclamando a “aparição digna de Fé”, com base num relatório elaborado por um tal Cónego Formigão, que na realidade, foi o cérebro das “aparições”!

 

No local seria então erguido um imponente santuário, hoje local de culto turístico internacional que dá muito dinheiro a ganhar ao comércio local, ao “Santuário” e obviamente também ao Vaticano… entre tantos outros!

 

Mais um milagre da Igreja Católica!

O chamado “Milagre do Sol” ou “Milagre de Fátima”.

Mais uma vil mentira para explorar populações inocentes!

 

Segundo informação divulgada pela United Press-International, facultada por círculos fidedignos do Vaticano, “embora a Igreja tenha reconhecido as aparições de Fátima, esta não deseja tomar o compromisso de garantir a veracidade das palavras que os três pastorinhos disseram que a Virgem Maria lhes dirigira.”

 

Virá um dia em que as pessoas começarão a perguntar e a questionar estes fenómenos… que deixarão de ser cientificamente analfabetos… será apenas uma questão de tempo e evolução!

 

Tal como diria o General De Cossé Brissac…

“Mais tarde ou mais cedo, a Verdade vinga-se sempre de quem tenta injuriá-la.”

 

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-08-17
Imagem: Internet
Obs.:
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