Ao
lado está uma Igreja que também vende todo o tipo de produtos… desde missas,
terços, crucifixos, até aos mais variados souvenirs alusivos à fé no seu deus.
O
gerente do Hipermercado é uma das mais distintas figuras da comunidade com
bastantes conhecimentos na área da economia; eventualmente não tantos como o pároco
da Igreja, também ele uma celebridade entre os fiéis, que, mérito seja
reconhecido, além de excelente gestor de almas, é também um brilhante
administrador financeiro.
Muitos
dos clientes do supermercado são obviamente crentes e assíduos frequentadores
da igreja. Não é raro ver as mesmas caras num e noutro local, sobretudo ao fim
de semana.
A
diferença fundamental entre os referidos locais é bastante óbvia: enquanto no
primeiro se alimenta primordialmente o estomago, no segundo alenta-se
fundamentalmente a alma.
No
primeiro é indispensável comprar, porque se não o fizer acaba mesmo por ir
desta para melhor.
No
segundo embora seja dispensável comprar, acaba sempre por o fazer; afinal
nenhum católico quererá deixar de reservar o seu lugar no céu.
Em
ambos os casos existem fortes campanhas de marketing dos respetivos produtos;
de resto com grande sucesso, tal como demonstram os resultados positivos por
ambos exibidos.
A
diferença fundamental entre as duas campanhas publicitárias é simples: a
primeira é baseada num produto real e o lucro varia em função do mercado; a
última é baseada num produto fictício e o lucro, embora também variável, é
praticamente 100%.
A
principal semelhança (objetivo) é clara: o lucro!
Há
quem diga que o “dinheiro é fonte de pecado” … mas, o que é certo, é que sem
dinheiro, nada se faz!
Em
ambos os locais tem que se pagar os respetivos serviços pois ninguém oferece nada
a ninguém!
Autor:
Carlos Silva
Data: 2022-10-05
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.
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