Que sentido
para esta vida?
O facto de
sentir e pensar implica um qualquer significado intrínseco para a vida.
Mas…
E se o
sentido da vida não tiver qualquer sentido?
E se a
existência se resume apenas a este breve instante em que temos o privilégio de
ser… ou pensar que somos algo além do que realmente somos?
Vivemos
inequivocamente durante um efémero período de tempo.
Depois…
resta-nos o Fim.
Depois…
resta-nos a Morte.
Nada mais!
Não é
realmente fácil equacionar determinadas verdades insanáveis sem que tal não
implique a destruição das mais perfeitas ilusões humanas.
Que sentido
para esta vida se realmente tudo acaba?
Podemos
realmente admitir que a vida não tenha qualquer sentido?
Valerá
realmente a pena saber, interpretar, lutar por algo mais se no final tudo se
perde, tudo se transforma?
Para quem
acredita em eternidades, seres sobrenaturais ou imaginários… a realidade acaba
por esmagar limitando-os a uma simples imagem mental abstrata, também ela
efémera e finita; finita com a morte do corpo e o consequente fim da vida!
Nunca
ninguém em tempo algum observou qualquer um dos inúmeros deuses
imaginados pelo homem.
Para quem,
perante as evidências (e pela racionalidade), não concebe nada mais além da
vida…
Restam os
valores da cultura e da liberdade…
Resta o
ceticismo das evidências observáveis…
Resta
inevitavelmente, como a todos, viver o resto dos seus dias de vida!
Nunca ninguém
viveu e voltou!
Esta é a
realidade nua e crua!
É
extremamente difícil à maioria dos humanos assumir e aceitar a efemeridade da
vida… o Fim da vida. O Nada!
Na realidade,
não se trata de retirar o sentido da Vida…
Trata-se da
inevitabilidade de viver o momento enquanto se vive e reconhecer a condição
finita da vida.
O ateísta não
tem fé. Observa, deduz de acordo com a realidade, baseando-se em factos
científicos.
Tal implica
espírito crítico, inteligência, racionalidade… e sobretudo alguma frieza para
afirmar e aceitar peremtoriamente o Fim.
O Niilista,
em contrapartida, tal como a natureza, é ainda mais implacável.
Reduz o ser à
sua volátil e efémera condição humana.
Reduze-o a
Nada!
Mata-o!
Tudo leva a
crer que seja essa a Verdade!
Tenha a vida
sentido… ou não!
Autor: Carlos Silva
Data: 2022-12-27
Imagem: Internet
Obs.:
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