É
perfeitamente óbvio que, com ou sem religião, sempre haverá pessoas boas e más;
tal como sempre haverá crentes e descrentes, bons e maus!
Sempre haverá
pessoas boas praticando o bem, tal como sempre haverá pessoas más praticando o
mal!
A questão que
se coloca é, o que é que leva determinadas pessoas a praticarem o mal, e, em
alguns casos, a odiarem e matarem os seus semelhantes?
Dizia o já
falecido prémio Nobel da Física, Steven Weinberg, que para “pessoas boas
praticarem o mal, apenas precisam de uma religião”.
Será que a
crença cega e absoluta numa determinada religião pode levar pessoas a
praticarem o mal em nome do seu suposto “deus”?
Dizia o
veneradíssimo “santo” da Igreja Católica, São Tomás de Aquino, mestre e
professor dos que estudam para o sacerdócio; conhecido como "Doctor
Angelicus" pela enorme influência da sua obra nas áreas da teologia e
filosofia, o seguinte…
“Por seu pecado, os hereges merecem não apenas
ser separados da Igreja, pela excomunhão, mas também do mundo, pela morte”.
Refira-se que
“Herege” vem do grego “Hairetikós” e significa: “que não tem religião”, “que é
livre de escolher”. A igreja transformou-o num insulto, num pecado, como se a
livre escolha da ideia, diferente do dogma, fosse algo monstruoso.
Ora, terá
sido realmente São Tomás de Aquino uma “boa pessoa”, ao desejar e doutrinar a
morte de todos os hereges, acreditando piamente que realizava a vontade de
“deus” e se tratava de um ato misericordioso de “amor cristão”?
Possivelmente
não… mas, o que é um facto, é que grande parte da sua doutrina Escolástica
seria posteriormente usada e adaptada pela Igreja Católica, sobretudo pela
Santa Inquisição que a executava praticamente à letra.
Os registos
históricos são inquestionáveis e dizem-nos que entre 1543 e 1684, a Santa
Inquisição condenou (só em Portugal) 19 247 pessoas, das quais 1379 foram
queimadas, e centenas morreram na prisão enquanto esperavam julgamento.
Assim
expandia a Igreja Católica a sua “mensagem de amor” e fé cristã!...
Doutrinando
pessoas de bem… fazendo-as acreditar cegamente que odiar ou matar o seu
opositor é realizar um ato de amor, consumando assim a vontade do seu “deus”!
Uma “mensagem
de amor” baseada no medo, ódio e morte!
Muitos, hoje,
lhe chamam-lhe “fanatismo religioso”!
Autor: Carlos Silva
Data: 2023-09-01
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.
Sem comentários:
Enviar um comentário