Uma imensa satisfação transborda
absolutamente os sentidos...
A imensa sensação do dever cumprido.
No culminar de certas aulas…
Uma imensa satisfação transborda
absolutamente os sentidos...
A imensa sensação
que do outro lado ficou algo de mim.
No culminar de certas aulas…
Uma imensa satisfação transborda
absolutamente os sentidos...
A imensa sensação
de contribuir para o futuro de alguém.
A imensa sensação da
palavra mais perfeita…
A imensa sensação
da atitude mais correta…
A imensa sensação
do sentimento mais genuíno…
A imensa sensação
do ideal mais honesto…
A imensa sensação de,
sentir, que cheguei algo mais perto da (im)perfeição.
A educação[1]
foi uma das minhas paixões d’infância e adolescência...
Só mais tarde a ela dedicaria a exigível exigência, porque só mais tarde alcançaria a sua verdadeira importância...
Só mais tarde chegaria à conclusão que inadvertidamente
teria feito a escolha mais certa ao ingressar na Escola da Guarda...[2]
Se um dia tiver que mudar, possivelmente
não o farei tão bem, ou pelo menos com o mesmo prazer; mas, certamente
continuarei a desempenhar a minha profissão com a mesma dedicação e
profissionalismo com que agora o faço...
Como é possível que, à entrada do
terceiro milénio, voltemos a ter Guerra na Europa?!
Guerra!... -é verdade, eu disse mesmo
Guerra!
A Guerra que viola a… vida!
A Guerra que viola todos mais
elementares direitos humanos!
A Guerra viola a liberdade e a
segurança!
A Guerra ofende a dignidade do ser
humano!
A Guerra, um autêntico atentado à
consciência humana!
A Guerra, um dos mais marcantes sinais
de estupidez humana!
A Guerra, o último reflexo de
inconsciência e animalidade humana!
A Guerra, a última fronteira da
crueldade, desumanidade e degradação humana!
A Guerra, hoje, já não se pode
permitir!
A Guerra continua hoje… um espetáculo
abominavelmente mediatizado, feito das mais violentas imagens de condição
humana, ao qual assiste meio mundo,
impávido e sereno... -observadores, passivos, comentadores atentos à “ação
justiceira” dos intervenientes... (os tais militares/políticos, heróis do
mundo, polícias/juízes do mundo providos da plenitude da razão, que lhes
confere força de atuação, de subjugação e eventualmente o direito à própria
vida alheia), uns quantos políticos e intelectuais a falarem de “possíveis
soluções”, de “direitos humanos”, de “liberdade”, de “justiça social”, de
“coerência intelectual”, e até de “ataques bem sucedidos” para justificar o
injustificável!...
Uma guerra continua hoje… um espetáculo
onde alguns ganham muito dinheiro e compram quase tudo!... e onde outros,
muitos, perdem tudo... -a terra, pela qual toda uma vida lutaram e por vezes
até a própria vida...
O que é um facto é que o dinheiro gasto
nestes dois meses em armamento, que tanta morte e destruição tem semeado, seria
mais do que suficiente para resolver o problema pela via diplomática evitando
assim tão grande número de mortos e deslocados... Mais do que a própria questão
étnica, existe falta de diálogo, de educação, que terá que partir dos próprios
políticos.
O que é um facto é que o dinheiro gasto
nestes dois meses em armamento alimentaria inúmeras bocas em África e no resto
do mundo! -diz a UNICEF que “nos Estados Unidos, uma em cada oito crianças não
mata a fome, e que, em todo o mundo, quinze milhões e meio de crianças morrem
de fome ou subnutrição”.
Segundo as Nações Unidas “17% da
população mundial detém, controla e consome os recursos do planeta, enquanto os
outros 83% vivem no «limiar» ou abaixo do limiar da pobreza?” ...
Como é possível?!
Como é possível falar todos os dias em
mais e melhor industrialização, em mais e melhores condições económicas, em
menos desemprego, em melhorias tecnológicas aos mais diversos níveis, em
globalização... se cada vez mais a condição humana e o próprio planeta se
degradam a um ritmo assustador?
Alguma vez algum representante de um
dos grandes monopólios financeiros se preocupou com as lágrimas de todas estas
crianças do Kosovo, com o rosto de horror e desespero da rapariga que foi
brutalmente violada, ou da mulher que viu o marido ser barbaramente
assassinado?
É preciso que as instituições[1]
tomem medidas… hoje!
Nunca é demais recordar que todos os
Estados assinaram uma “Declaração Universal dos Direitos do Homem”,
comprometendo-se a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas,
o respeito universal e efetivo dos direitos do homem e das liberdades
fundamentais... para que reine a paz e uma ordem capaz de tornar plenamente
efetivos esses mesmos direitos e liberdades, enunciados na Declaração.
Mais do que apontar ou punir culpados,
mais do que inventar ou pedir desculpas, é preciso parar esta guerra, e todas
as estúpidas guerras como esta!
É preciso dizer… BASTA!... BASTA!... BASTA!...
Este não é um grito isolado, mas com
certeza o grito de muita gente!