2018-04-14
0104. Face / Cambrige Analytica
2018-04-13
0103. Monstro
Em pleno séc. XXI, mais do que uma irracionalidade, é uma
autêntica humilhação, afirmar, sem qualquer prova ou justificação, que existe “deus”.
Esta inquestionável e interminável história da Idade das Trevas tem
vindo a ser de tal forma alimentada, que se transformou na inquestionável verdade
da história da humanidade.
Um autêntico monstro!
Um monstro que se criou… e tudo criou!
Um monstro que assumiu a forma humana e cujo limite é o que a fé
pode imaginar.
Um monstro que se apropriou do ser, do viver e do perecer.
Um monstro que se apropriou do bem, do mal, da beleza e da moral.
Um monstro que pode salvar… mas também pode punir e matar.
Um monstro que tudo controla… e perdura eternamente no tempo.
Um monstro de imponentes catedrais, reino organizado, território, fiéis
seguidores e doutrina educacional instituída…
Um monstro de usos e costumes, educação, cultura, arte…
Um monstro poderoso, padronizado e de incalculável poder
financeiro.
Um monstro ditador e detentor de poderes sobrenaturais.
Um monstro que é amor… e alimenta-se de ódio.
Um monstro voraz que se alimenta de sangue, miséria e sacrifício
humano.
Um monstro absolutamente omnipotente, omnipresente e omnisciente.
Um autêntico monstro da humanidade!
É impossível apagar da história as tragédias factualmente relatadas
pelos antepassados e por muitos dos nossos contemporâneos [1]
atribuídas a este monstro!
É impossível ficar indiferente a tanta guerra e genocídio cometidos
em nome deste monstro!
Urge desmistificar e matar definitivamente este abominável
monstro!
Urge despertar e libertar as suas presas!
As novas gerações precisam crescer saudavelmente!
As novas gerações precisam pensar e decidir o seu futuro!
Sem monstros!
[1]
Richard Dawkins: “Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro,
atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão
da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de
sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de
Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e
cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos («Deus quer que dês
até te doer»). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas,
decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um
centímetro de pele.”
2018-04-12
0102. Momento
2018-04-11
0101. O célebre Acórdão
Depois de ver a notícia na comunicação social, a curiosidade
levou-me a ler o célebre Acórdão redigido pelo juiz Neto de Moura sobre um caso
de violência doméstica, em que censura a vítima, devido a uma relação
extraconjugal.
A primeira imagem que emerge é que tal argumentação é claramente
contrária a qualquer atual Constituição…
A segunda imagem que emerge é que tal argumentação é claramente
contrária a qualquer raciocínio racional…
A terceira imagem que emerge (que me terá impelido e a muitos
outros, a escrever estas linhas) é o sentimento de revolta contra a mentalidade
“retrograda e machista” …
Na argumentação do acórdão pode ler-se:
“Ora, o adultério da mulher
é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem…”
“Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação
até à morte…”
“Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com
a morte…”
“Ainda não foi há muito tempo que a lei penal (de 1886!) punia com
uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando a sua mulher em
adultério, nesse ato a matasse…”.
Resumindo e deduzindo… mandava a tradição que a “violência
doméstica é compreensível, quando existisse adultério…” Ora, não nos podemos
surpreender que ainda hoje algumas destas ditas tradições ainda perdurem!...
mas, vindo de quem vem, é realmente uma verdadeira machadada na justiça
portuguesa, pois está implicitamente a legitimar a violência dos homens contra
as suas mulheres e a colocar em risco a vida de muitas delas…
A última imagem que emerge?
O timing do Acórdão…
A realidade é que esta ainda é alguma da tradicional justiça do
século XXI!
2018-04-10
0100. Despertar
2018-04-09
0099. Despertar
A determinada altura da vida atingimos um determinado patamar de
consciência que nos confere um nível de perceção exclusivamente racionalista.[1]
A determinada altura da vida deixamos de temer criaturas “infernais” e aspirar
a “paraísos” supranaturais.
A determinada altura da vida, somos inevitavelmente arrastados pela
corrente de observação objetiva da realidade.
A determinada altura da vida a consciência atinge praticamente o seu
auge e assimilamos que só AGORA podemos ser realmente felizes.
A determinada altura da vida deixamos de ter pressa de viver e queremos
apenas desfrutar.
A determinada altura da vida queremos simplesmente conhecer e esquecer
tudo o que inutilmente nos impuseram.
A determinada altura da vida queremos simplesmente deliciar com esta
maravilhosa paisagem com que diariamente nos deslumbramos.
A determinada altura da vida queremos simplesmente estar em paz,
connosco e com todos os que nos rodeiam.
A determinada altura da vida queremos simplesmente saborear o mais
simples dos milagres…
A VIDA!
Aspiramos então a ser apenas nós…
Livres e satisfeitos!
Aspiramos então a sentir e que nos deixem sentir completamente.
Aspiramos então a pensar e que nos deixem pensar da forma mais racional
possível.
Aspiramos então a amar e sobretudo que nos deixem amar quem e o que
realmente amamos.
É então que assimilamos que nunca é tarde para Sonhar…
É então que assimilamos que nunca é tarde para Amar…
É então que culminamos que nunca é tarde para Viver…
E nunca é tarde para DESPERTAR!
[1] Numa
fase mais precoce, traduzida pela descoberta e deceção que conduz ao desacreditar
do “pai natal” e de todas as figuras do universo imaginário.
Numa fase mais matura, alicerçada no crivo do
contraditório e na consciência da realidade, traduzida na contínua desconstrução
e desmistificação de todos os dogmas previamente incutidos.
É, pois, normalmente neste apogeu de plena capacidade
física e intelectual, que é atingido o desacreditar lógico e racional em todas
as entidades ditas “divinas; o ponto de perceção do ideal divino como mero conceito
individual e abstrato, factualmente inexistente fora do contexto mental humano”.
A óbvia assimilação e conclusão do ato mental,
característico da espécie humana, que varia de acordo com contexto
sociocultural onde se produz.