Não posso reter o tempo nem tão pouco o
pensamento...
Um rouba-me uma vida de excelência…
O outro a excelência[1]
de uma vida.
Limito-me à efemeridade de sentir e
contemplar esta constante metamorfose…
Absorto em Porquês…
De Princípios, Meios, Fins...
Para os quais me falta tempo, fé e pensamento.
Ao ver as Lágrimas Finais de Dali[2]
percebi o “seu-medo-do-Fim”
O Fim que ainda não senti!...
Tão somente o medo do seu medo… do Fim.
Limito-me à contemplação efémera destas
cinzas…
Ausência absoluta…
Simples grãos de nada que resplandecem
sob o olhar do dia a dia...
Limito-me à reflexão do Agora...
Um tempo…
Cujo tempo…
Se perderá irremediavelmente na
efemeridade do próprio tempo...
Tempo ao destempo…
Como se tempo não existisse...
Nada!
Limito-me a perpetuar o pensamento…
Noutro tempo…
Noutra palavra de Vida…
Ainda que a vida da minha palavra já se
tenha apagado.
Outro Tempo será!
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1995-08-04
Imagem: Internet
Obs:
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