Resta-me esta imprecisão…
Resta-me a pureza destas simples
palavras que naturalmente brotam das entranhas do meu ser...
Não tenho “engenho” nem “arte” para
epopeias ou estruturas rígidas e refletidas...
Gosto do prazer imediato que o mundo interior
me confere, cultivando com naturalidade a possível racionalidade… a possível
coerência humana…
Gosto de procurar o caminho que julgo
mais próximo[1], mais
calmo, em oposição à louca correria[2]
do mundo exterior que ninguém sabe como terminará…
Gosto do momento deste Sentimento[3]...
Gosto de soltar a relatividade da sua imagem...
Gosto do momento deste Pensamento…
Gosto da claridade deste contemplar, a
substância[4]
que me permite pensar e desfrutar toda a impotência-do-conhecimento…
Gosto de conhecer… e desconhecer tudo o
que me rodeia…
Gosto do que Vivo…
Gosto do que Vejo…
O quão pequeno sou…
O quão pequeno é o meu mundo perante a
imensidão do Universo...
Resta-me interferir com realidade que
me rodeia…
Resta-me interferir com o que posso
alcançar…
Neste precioso momento….
Neste precioso tempo…
Resta-me desenhar este mundo de imagens…
Resta-me articular e artificiar este
mundo de sinais e símbolos sem me preocupar com regras, Porquês, Verdades ou
Fins... -ténue imagem literal de vida[5]...
Algo será![6]
Resta-me o Sonho...
Uma débil ponte entre uma vida de
místico êxtase[7] e a
extasiante realidade do dia-a-dia...
Como se de um sonho se tratasse…
Quero simplesmente viver plenamente a
realidade deste mundo!
Resta-me essencialmente viver!
Resta-me essencialmente amar!
Resta-me esta arte[8]
de comunicar!
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1995-07-XX
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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