Eis-me, mais uma
vez, perante mim…
Eis-me, mais uma vez,
manifestando toda esta cognoscente necessidade de exteriorizar…
Impulsos recônditos embebidos de
emoção...
Trazer todas estas imagens à luz da
consciência e manifesta-las neste intelecto, deixa nos lábios um delicioso
sabor a arte...
Tornar comuns, todos estes vocábulos…
Aperfeiçoar o
gesto de sentir-pensar-criar, como o
natural hábito de respirar, tornar o mais límpido possível o abstrato,
aproximar a Possível-verdade... vivendo simplesmente o presente com todas as
suas naturais omissões -até as mais ocultas, onde usualmente inscrevo apenas as
mais secretas imagens mentais de realidade -e vendo nascer um suposto livro de
natural estrutura de vida, dividido por Capítulos de Tempo é desejo imediato, imperfeito,
ainda que ficcionar seja já em si errar (um erro a juntar a tantos erros!)… eis
a que aspiro!
A melhor arte
literal, a mais pura, a mais autêntica, é esta autêntica realidade!
*
Às vezes sinto que não me divido o suficiente, que não participo,
ou não cuido da imagem intelectual dada por entre um copito e dois dedos de
conversa, que me permitiria afirmar-me perante o circulo de amizades que me
envolve... chego mesmo a distanciar-me, criando apenas o círculo restrito e
algo selecionado; na verdade gosto de me afastar e divertir-me comigo mesmo.
Nessas ocasiões sou mais intenso, mais profundo... como se convivesse com a
mais perfeita e interessante das companhias.
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1995-11-12
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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