2020-02-17

0131. Louco





Diz alguém por aqui, cantando, que há loucos em Lisboa…
Mas, na realidade, há loucos em qualquer lugar…

Diz o dicionário que “louco” é “aquele que perde a razão, que apresenta distúrbios mentais, que tem um comportamento absurdo, exagerado, contrário ao bom senso ou ao que é considerado razoável…”

Na realidade, creio que o conceito está nitidamente desvirtuado…

Ora…

Acreditando eu que “de poeta e de louco também tenho um pouco…”;
Acreditando eu que não sou nenhum puritano da consciência ou da verdade;
Acreditando eu que não estou lucidamente qualificado para analisar ou qualificar mentalmente quem quer que seja… muito menos um “louco…”

Questiono?

Como é que, indivíduos ditos “não loucos”, estão a construir armas nucleares que podem matar, destruir ou até extinguir a vida na terra?

Li recentemente na comunicação social que…
“A Coreia do Norte segue com o seu programa de armas nucleares apesar das sanções, conclui um relatório da ONU…”

“Teerão ameaçou e cumpriu. Já ultrapassou os limites impostos pelo acordo nuclear…”

Tal deixou-me por aqui a reconsiderar o conceito de “louco” …
Quem é que é afinal o “louco”?!

Obviamente que os cidadãos destes e de muitos outros países do mundo, não sabem distinguir quem é realmente o “louco”!

Como é que alguém “não louco” emprega os impostos do seu povo e os recursos do seu país na construção de armas nucleares cuja única utilidade é matar ou destruir e não no desenvolvimento equilibrado e sustentado… na educação, na saúde, na melhoria das condições gerais de vida dos seus cidadãos?

Quantas bocas famintas não poderiam hoje ser alimentadas com a fortunas que são gastas em armas nucleares?
Possivelmente não teríamos fome na terra!

A maioria dos cidadãos vive na miséria, com fome… praticamente não têm voz ativa…
Porque possivelmente também não saberá distinguir um “louco” de um “não louco”!


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Autor: Carlos Silva
Data: 2019-09-09
Obs: Imagem retirada da Internet
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