Se o culto de
um “Deus” pode iluminar ou ensombrar qualquer raciocínio…
O culto de um
“Deus Estado” pode distorcer ou destruir completamente qualquer mente
minimamente racional.
Se o culto de
uma divindade pode conferir ilusão, protagonismo, poder, dinheiro a uns quantos
pastores que supostamente se julgam mais iluminados que o seu rebanho…
O culto de um
“Deus-Estado”, além de enorme poder e dinheiro, pode conferir ao seu líder irracionalidade
e cegueira, tornando a sua força[1] verdadeiramente devastadora para a humanidade.
Se o líder do
“Deus-Estado” for um ser aparentemente humano…
Se o líder possuir
o poder de carregar (ou mandar carregar) num simples botão para fazer detonar
umas quantas bombas atómicas (compradas com o dinheiro dos seus milhões de
seguidores, patrióticos contribuintes) para eliminar os seus supostos adversário
e inimigos…
Se o líder possuir
o poder de decidir (ou mandar decidir) sobre a vida de outros seres que pensem
de maneira diferente, ou que vivam num ambiente diferente do dele… e arbitrariamente
os mandar prender, calar, ou eliminar…
Se o líder possuir
o poder e a autoridade de perseguir (ou mandar perseguir) e exterminar quem não
aceita a sua disciplina ou os seus ideais, ou simplesmente procura nessa face
da terra melhores condições de vida…
Finalmente, se
os seus fiéis e leais membros ou seguidores seguirem os seus ideais e a sua
disciplina de forma absolutamente cega e incondicional, tal como as crenças mais
fanáticas que afirmam que o seu deus é que é “único e verdadeiro” …
Então, o
Estado, ainda que o pareça, deixa de ser Estado… pode tornar-se verdadeiramente desumano... e
até transformar-se num verdadeiro monstro!
--- /---
A propósito
do tema em epígrafe, esta semana li uma frase de uma escritora (Nota 1)
e alguns textos (Notas 2 e 3) que de certa forma me levaram a
elaborar o presente texto.
Nota 1
“Nenhuma
nação pode ser considerada livre, independente, soberana e autocéfala enquanto
subsistirem indivíduos aprisionados a mitos, crenças, lendas ou tradições.”
Marta
Oliveira
Nota 2
No seu
discurso de tomada de posse, Trump, refere:
“No alicerce
de nossa política haverá uma lealdade total aos Estados Unidos da América.”
(Aplausos)
A Bíblia diz
“quão bom e agradável é quando o povo de Deus vive junto em unidade.” Devemos
expor o que pensamos francamente, debater as nossas divergências com
honestidade, mas sempre praticando a solidariedade. Quando os Estados Unidos
estão unidos, nada pode deter os Estados Unidos.
(Aplausos)
Não deve
haver medo. Estamos protegidos, e sempre estaremos protegidos. Seremos
protegidos pelos grandes homens e mulheres das nossas Forças Armadas e Forças
de Segurança. E, mais importante ainda, seremos protegidos por Deus.
(Aplausos)
(…)
É hora de
lembrar aquele ditado antigo que os nossos soldados nunca esquecerão: que independentemente
de sermos negros, morenos ou brancos, todos temos o mesmo sangue vermelho dos
patriotas. Todos desfrutamos das mesmas liberdades gloriosas e todos saudamos a
mesma grande bandeira americana. E quer a criança que nasce na periferia de Detroit
ou a que nasce nas planícies varridas pelo vento de Nebraska, à noite elas
olham para o mesmo céu. Elas enchem o coração com os mesmos sonhos e recebem o
sopro de vida do mesmo Criador Todo-Poderoso.
(Aplausos)
Juntos,
faremos os Estados Unidos fortes de novo. Faremos os Estados Unidos ricos de
novo. Faremos com que os Estados Unidos tenham orgulho de novo. Tornaremos os
Estados Unidos seguros de novo. E sim, juntos, faremos os Estados Unidos
grandes de novo.
Obrigado. Que
Deus vos abençoe. E que Deus abençoe os Estados Unidos.
(Aplausos)
Obrigado. Que
Deus abençoe os Estados Unidos.
(Aplausos)
(Extrato de texto retirado da internet)
Nota 3
Otto Adolf
Eichmann foi umSS (tenente-coronel) da Alemanha Nazista, e um dos principais
organizadores do Holocausto. Eichmann foi designado pelo SS Reinhard Heydrich para
gerir a logística das deportações em massa dos judeus para os guetos e campos
de extermínio das zonas ocupadas pelos alemães no Leste Europeu durante a Segunda
Guerra Mundial. Em 1960, foi capturado na Argentina pela Mossad, o serviço
secreto de Israel. Após um julgamento de grande publicidade em Israel, foi
considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962.
Depois de
frequentar a escola, onde foi um aluno mediano, Eichmann trabalhou na empresa
de mineração do seu pai na Áustria, para onde a família foi viver em 1914. A
partir de 1927, trabalhou como técnico comercial da área do petróleo,
juntando-se ao Partido Nazista e às SS em 1932. Após regressar à Alemanha em
1933, entrou para o Sicherheitsdienst (SD; Serviço de Segurança), onde foi
nomeado para chefe do departamento responsável pelas questões judaicas -em
particular a emigração, a qual os nazistas forçaram através da violência e
pressão económica. No início da guerra em setembro de 1939, Eichmann e o seu
pessoal concentraram os judeus em guetos nas grandes cidades, esperando que
fossem transportados para o leste e para territórios ultramarinos. Eichmann
elaborou planos para colocar os judeus em reservas, primeiramente em Nisko no
sudeste da Polónia e, mais tarde, em Madagáscar, mas nenhum deles seguiu em
frente.
Quando os
nazistas deram início à invasão da União Soviética em 1941, a política em
relação aos judeus foi alterada passando de emigração para extermínio. Para
coordenar o planeamento do genocídio, Heydrich recebeu os responsáveis
administrativos do regime na Conferência de Wannsee em 20 de Janeiro de 1942.
Eichmann reuniu informação para Heydrich, esteve presente na reunião e preparou
as minutas. Eichmann e o seu pessoal ficaram responsáveis pela deportação dos
judeus para os campos de extermínio, onde as vítimas foram gaseadas. Depois da invasão
alemã da Hungria em Março de 1944, Eichmann supervisionou a deportação de
grande parte da população judia daquele país. Muitas das vítimas foram enviadas
para Auschwitz, onde entre 75 e 90 por cento foi executada à chegada. Quando os
transportes cessaram em julho de 1944, 437 000 dos 725 000 judeus húngaros
tinham sido mortos. O historiador Richard J. Evans estima que entre 5,5 e 6
milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazistas. Eichmann afirmou no final
da guerra que "daria saltos na sua sepultura de tanto rir porque, sentir
que tinha cinco milhões de pessoas na sua consciência, seria para ele uma fonte
de extraordinária satisfação."
Depois da
derrota da Alemanha em 1945, Eichmann fugiu para a Áustria. Ali viveu até 1950,
mudando-se para a Argentina usando documentos falsos. As informações recolhidas
pela Mossad, confirmou a localização de Eichmann em 1960. Uma equipa da Mossad
e agentes da Shin Bet sequestraram Eichmann e levaram-no para Israel para ser
julgado sobre 15 crimes, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidadee
crimes contra o povo judeu. Considerado culpado de muitas das acusações, foi
condenado à morte e executado em 1 de Junho de 1962. O julgamento foi seguido
pelos meios de comunicação e serviu de inspiração para vários livros, incluindo
o de Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém, no qual Arendt descreve Eichmann com
a frase "a banalidade do mal".
(Extrato de
texto retirado da internet)
--- / ---
Autor:
Carlos Silva
Data: 2020-01-12
Obs: Imagem retirada
da Internet
Direitos reservados.
--- / ---
Sem comentários:
Enviar um comentário