No passado,
era perfeitamente legítimo “matar em nome de Deus” …
No passado,
questionar a “morte em nome de Deus”, significava precisamente… a morte!
Ainda hoje em
alguns lugares do planeta é uma honra “matar em nome de Deus” … e uma ofensa
discutir ou duvidar o “nome de Deus”.
Em nome de “Cristo”
… em nome de “Alá” … em nome de qualquer divindade…
Quantos milhões
de seres humanos, inconscientemente e inutilmente, não terão perdido a vida ao
longo destes últimos dois milénios?!
É verdade que
não se pode “confundir religião (islâmica, cristã ou outra) com terrorismo”, mas
também é verdade, que a “religião” é a principal motivação para a violência,
para o terrorismo… para tantas outras barbaridades… e normalmente culmina com a
morte!
É realmente verdade
que ainda hoje se continua a “matar em nome de Deus”!
O conceito de
“Deus” varia de religião para religião, conforme as circunstâncias e a zona do
globo onde teve origem; mas foi (e ainda é), praticamente em todas, nomeadamente
nas monoteístas, legítimo “matar em nome de Deus”!
As ditas
religiões monoteístas, como a católica, a islâmica, a judaica, pregam a paz, o
amor a eternidade… é verdade!... mas também é verdade que todas vivem em
constantes conflitos sociais ou em guerras fratricidas… para todas, o seu “Deus” é o único, o verdadeiro,
o autêntico!... os outros são falsos ou infiéis... nenhuma suposta religião tolera
ou respeita a outra suposta religião!
Ao longo dos séculos
tem-se assistido (e ainda assiste), às mais cruéis e bárbaras carnificinas… aos
mais bárbaros atos de fanatismo religioso… é uma realidade inegável!
O
Cristianismo chamou (e ainda chama) os judeus, “filhos do diabo” e
“responsáveis pela morte de Jesus”, o que faria com que milhares de judeus
fossem horrivelmente queimados vivos se não se convertessem á sua fé…
Inicialmente
comandadas por um Papa, as Cruzadas tinham como principal objetivo recuperar a
chamada “Terra Santa” em nome da fé… acabando por protagonizar algumas das mais
horrendas batalhas da nossa história…
O Islamismo
invadiu praticamente todo o Médio Oriente, a Península Ibérica e o Norte de
África… através da sua guerra santa
(jihad) que se estendeu por séculos, tinha como principal objetivo destruir e
eliminar os infiéis… nomeadamente os cristãos e a fé dita cristã…
Como disse
Saramago, “matar em nome de Deus… converte esse Deus num assassino”.
É uma
inconsciência “matar em nome de Deus”!
É uma
inconsciência matar em nome de um conceito abstrato!
Matar em nome
de Nada!
É um crime
matar em nome de alguém!...
Diria mais!…
O ato
converte, não esse suposto Deus (porque se trata duma imagem mental e abstrata),
mas sim, o ser humano num assassino!
Autor: Carlos Silva
Data: 2020-01-01
Obs: Imagem: Internet
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