Questiona
um crente na sua incerteza…
“Como
é que um ateu pode afirmar que tudo veio do nada”?
“Se
não foi deus, quem criou o homem e o universo”?
Ora,
nenhum ateu pode afirmar que “tudo veio do nada”!
O
ateu, simplesmente, desconhece a origem do universo e da vida porque ainda não
foram explicados cientificamente!
O
ateu desconhece a origem do universo, embora admita que tenha surgido a partir
da desintegração de um núcleo radioativo instável, conhecida como teoria do
“Big Bang”, que considera que estaria originalmente muito quente e denso em
algum tempo finito do passado.
O
ateu desconhece a origem da vida… mas sabe, obviamente, que resultou de um
processo evolutivo, sendo que para tal tenha ocorrido, foi fundamental a
presença de determinados elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento.
O
que o ateu pode constatar é a inexistência de qualquer divindade!
Com
base nesta evidência, raciocina e retira a conclusão mais lógica possível!
Perante
a inexistência de qualquer divindade (nunca em tempo algum foi observada… muito
menos com poderes supranaturais), considerá-la seria irracional e completamente
absurdo!
Considerar
essa suposta divindade a origem de tudo, implicaria (mais ilógico ainda!),
considerar que, anteriormente (a ela e à criação), algo a teria também criado!
Na
realidade, a questão, apesar de não totalmente coerente é perfeitamente
percetível a qualquer mente minimamente ciente:
Embora
se desconheça objetivamente a génese, houve claramente uma evolução a partir de
determinados elementos químicos existentes na terra… como amónia, hidrogénio,
metano, vapor de água… até atingirem uma organização estrutural e funcional
característica da matéria viva.
Obviamente
que quem criou todos os supostos deuses foi o próprio homem! -precisamente pela
sua necessidade de respostas… e principalmente por poder e domínio dos seus
semelhantes.
“Deus
sempre existiu… está em todo o lado”, justificam alguns crentes!
Na
realidade, existe, desde que imaginado pelo homem pois trata-se obviamente duma
imagem mental abstrata.
Na
realidade, o homem criou algumas “escrituras”, onde, à sua imagem, imaginou e
descreveu um suposto ser divino, com poderes supranaturais. Um ser ancestral, rude
e sanguinário, que tudo sabe e tudo faz… narcisista e sobretudo bastante
ignorante relativamente a todos os ramos da ciência. Um ser que promove amor e
paz, mas semeia ódios e guerras…
Na
realidade, um ser celestial limitado e sobretudo pouco inteligente -à imagem do
seu criador!
Todas
as crenças humanas são sustentadas pela ignorância e sobretudo pela necessidade
de acreditar ou agarrar-se a algo em momentos difíceis e de sofrimento…
Normalmente
quem acredita ou tem fé numa divindade, não sabe, não lê e sobretudo não pensa!
Desconhece
que precocemente lhe foi incutido o medo de pensar e autonomia para questionar
determinados dogmas impostos como verdades supremas.
Uns
têm receio de questionar a sua fé…
Outros,
receio de deixar de acreditar...-como se pensar ou mudar de opinião implicasse
um castigo eterno.
A maioria prefere manter-se na sua zona de conforto, limitando-se
a repetir orações e a frequentar rituais religiosos, onde incessantemente é
repetido até à exaustão o que mais gostam de ouvir, mantendo, assim, a virtualidade
e generosidade de contribuir com apoio moral e económico aos seus pastores.
Pensar,
descobrir, conhecer, questionar… são hipóteses censuráveis e condenáveis!
Basta-lhes
saber que o seu deus sabe… e controla tudo!
Basta-lhes
o conforto do seu divino Anjo da Guarda!
Autor: Carlos Silva
Data: 2023-07-16
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.