2018-01-10

0010. Escrevo-me







Escrevo-me Sonho!
Escrevo-me Sentimento!
Escrevo-me Pensamento!

Sonho-me como a maioria dos comuns mortais…
Eternos, ridículos e banais...
Restando aproximação à evidente substância dos demais…
À forma que realmente sinto e penso que sou.

Sinto-me como a maioria do Sentimento...
Sentido num efémero momento…
Restando despido de sentimento…
Mergulhado no mais antípoda dos universos linguísticos.

Penso-me como esta simples Paisagem…
Interferindo com esta Imagem[1]...
Abstrações desta minha passagem[2]
Terminando sempre por desconhecer o fim que chegarei.

Escrevo sem limite…
Escrevo simplesmente esta primária integridade intelectual[3]
Escrevo este fugaz caminho a percorrer...
Escrevo esta Possível Verdade de Ser.

Autor: Carlos Silva
Data: 1995-07-14
Imagem: Carlos Silva
Obs: Escrevo-me…
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[1]Interior e exterior
[2] Realidade
[3]Felicidade


2018-01-09

0009. A Fernando Pessoa


  






“Somos do tamanho dos nossos sonhos…”
(Fernando Pessoa)

Somos realmente do tamanho do que sonhamos… e se sonhamos porque não tornar os sonhos realidade?
Pessoa
Pessoa mais pessoa seria
Se tão cedo não se despedia
Se tanto não se dispersasse em histeroneurastenia

Pessoa mais pessoa seria
Se da desventura não tivesse consciência
Se d’(in)verdade não fosse tão desmedida cidadania

Pessoa mais pessoa seria
Se bem-aventurada fosse a essência da emoção
Se mais tivesse amado e menos tivesse dividido

Pessoa mais pessoa seria
Se menos fingidor tivesse sido
Se mais Sensorialmente tivesse vivido

Quem sabe menos emoções tivera sentido
Simples pessoa e Pessoa não tivera sido
Dos leitores que o usufruem sentido

Pessoa é Poesia Sentida
Sangue d’ Imagem Viva
Palavra e Pão de Portugal

Terra Mar Absoluto Universal




Autor: Carlos Silva
Data: Desconhecida
Imagem: Internet
Obs:
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2018-01-08

0008. A Richard Dawkins


  



“Imagine-se, com John Lennon, um mundo sem religião. Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro, atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos (“Deus quer que dês até te doer”). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas, decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um centímetro de pele.”

 

Estas palavras constam na introdução do Livro “A Desilusão de Deus” de Richard Dawkins”[1] que li quase sem parar…

A Desilusão de Deus

Há momentos que mudam a História… e possivelmente a “Desilusão de Deus” de Richard Dawkins é um deles!

Quando, por acaso, destapei o momento, ao encetar a descoberta fiquei verdadeiramente entusiasmado, preso ao desejo de continuar a descobrir…

Curiosamente tem no “Prefácio” o Prefácio que sonhara aquando da primeira vez que me ocorrera criar um dito “livro” ou algo que com tal se assemelhe… precisamente o mesmo poema de Lennon que gerou o meu “despertar” e transformar em realidade todo este sonho… coincidência!

Fez-me recordar o adolescente que casualmente nascera em religião, a olhava com relativa indiferença e, no fundo, apenas reforçaria a conceção que começava a ter da mais pura realidade: “É possível ser-se ateu sem deixar de ser uma pessoa feliz, com sentido moral e intelectualmente realizado” ... e que o poder da razão é mais forte que qualquer crença… (pela verdade!) ainda que a última esteja enraizada em milhares de anos de história…

Fez-me recordar, que a “doutrinação de infância” jamais poderá moldar uma personalidade cuja inteligência inata seja suficientemente forte e instruída.

Fez-me sobretudo reforçar ainda mais o “espírito ateísta” e levá-lo ao livre entendimento sobre a vida e a realidade… assente numa mente aberta e sã.

 

Fez-me “despertar ainda mais consciências!”



[1] Defensor intransigente da evolução segundo a teoria de Darwin, é um divulgador ágil da ciência e do pensamento científico.


Autor: Carlos Silva
Data: 2008-02-09
Imagem: Capa Livro: ”A Desilusão de Deus”
Obs: Fez-me recordar o adolescente que casualmente nascera em religião, a olhava com relativa indiferença e, no fundo, apenas reforçaria a conceção que começava a ter da mais pura realidade: “É possível ser-se ateu sem deixar de ser uma pessoa feliz, com sentido moral e intelectualmente realizado”!
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2018-01-06

0007. Aproximação








No preciso momento em que reproduzo este inaudível som, outros sons se elevam, outros sentimentos[1] aleitam, roçando a essência original...
“Imagine”[2] irrompe e dissemina toda esta deliciosa voluptuosidade mental…
Imagino o piano…
Imagino a imagem envolvente…
Imagino absolutamente a imensidão de “Imagine”…
Imagino todo o êxtase num êxtase desmesurável…
Tão próximo aproximo que as imagens se confundem ao desabrochar…
Não sei que imagem conceberei[3]
Não sei que auréola musical alimentarei…
Sei que remanesce esta auréola literal... este harmonioso paralelismo debruçado sobre as vertentes…
Como apraz aproximar ambas…
Como apraz sentir e fazer sentir a música das palavras…
Como apraz a autenticidade deste admirável som de símbolos e regras envolventes...
Como desperta horizontes o sonho de Lennon…
Como desperta horizontes a minha realidade…
Como liberta a sua Imaginação…
Como estimula a minha Consciência…
Como dá asas ao meu Ser…
A música das palavras!


Autor: Carlos Silva
Data: 1995-11-06
Imagem: Internet
Obs: Como apraz aproximar ambas… (grafia / música)
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[1] Imagens mentais
[2] John Lennon
[3] Que imagens se formarão a partir desta


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2018-01-05

0006. Imagine


  





A John Lennon, eventualmente o verdadeiro hino à Terra e ao Homem...




Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one


Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só





























Imagine...
“Imagine” marcou a minha menoridade
“Imagine” coloriu os meus sonhos…
“Imagine” povoou os meus pensamentos…
“Imagine” levantou as minhas dúvidas…
Hoje, do alto da minha maioridade sou mais um a seguir o caminho… na realidade!
Hoje, cada dia que passa, sinto em mim a pessoa que ele sempre imaginou… na realidade!

“Imagine que não há paraíso… nem inferno… todas as pessoas vivendo o Hoje… sem religião… e em paz”
Talvez nem seja preciso imaginar…
Basta sentir…
Talvez nem seja preciso imaginar…
Basta viver assim… como Agora vivo… naturalmente… sem suposições… procurando despertar a consciência dos que me rodeiam… afinal, com o esforço e dedicação de cada um decerto tornaremos este mundo muito melhor!


Autor: Carlos Silva
Data: 1995-11-06
Imagem: Internet
Obs: “Imagine” marcou a minha menoridade…
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