2018-02-17

0048. Horror





Estava eu completamente esquecido de mim, quando mais umas horripilantes imagens irrompem pelo meu globo mental...
Vejo animais humanos a decapitarem os seus semelhantes, não para se alimentarem, mas simplesmente para se recrearem e ostentarem cabeças como troféus, tal como fazem alguns caçadores[1] com outros animais a que, por inteligência própria, chamam irracionais.
Por momentos fico chocado… agoniado…
Por momentos fico apavorado com a brutalidade humana...
Tais imagens começam a banalizar o meu quotidiano mental… a impotência e a limitação agitam descomunalmente…
Quase todos temos consciência da nossa própria animalidade…
Quase todos temos capacidade suficiente para distinguir o bem do mal…
No entanto, caminhamos alheios ao sofrimento alheio, à dor que provocamos… à vida que espoliamos…

Que fazer para sensibilizar estes pobres animais[2]?
Como ajudar a ser simplesmente humanos?

Obviamente oferecendo-lhes paz!
Obviamente oferecendo-lhes conforto, civilidade para que os seus filhos nasçam e cresçam num mundo melhor…
Obviamente dando-lhes oportunidade para sonhar!
Obviamente dando-lhes oportunidade de sonhar e viver em plena liberdade como eu vivo neste inverso pedaço de planeta… nesta ordem natural e equilibrada de subsistência…

São apenas palavras que não espelham o meu horror…
São apenas palavras que não refletem o seu horror…
Palavras de alerta…

“Genocídio esquecido? Cinco milhões de mortos na República Democrática do Congo passam despercebidos?” 

“A violência atinge uma intensidade rara… e em dez meses o conflito entre os apoiantes do chefe tradicional Kamuina Nsapu e as forças de segurança abrange cinco províncias. São encontradas pelo menos 42 valas comuns.”

“São assassinados dezenas ou centenas de milhares de refugiados hutus ruandeses e civis congoleses no caminho que seguia a Aliança das forças democráticas em prol da libertação do Congo.”
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Autor: Carlos Silva
Data: 1996-05-15
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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[1]Humanos
[2]Homens


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