2018-04-29

0109. Sexo e religião





Ao longo destes dois últimos milénios a “igreja” sempre viu o “sexo” como algo imoral, como um “pecado mortal”. A maior parte das vezes, reprimiu-o de forma bárbara e cruel.
Adão e Eva foram “a génese sexual da nossa humanidade” … mas logo a “demoníaca” Eva teria que trair o seu Adão e cometer o maior dos pecados… o “pecado original”!
De forma generalizada a “igreja” sempre subjugou os seus “fiéis” ao celibato com as mais diversas consequências que ultimamente têm vindo à luz: “afilhados sem identidade”, “casamentos vetados”, “pedofilia” … -a maior parte deles de consequências completamente catastróficas.
De forma generalizada a “igreja” sempre subjugou a mulher proibindo-a de celebrar cerimónias, atos religiosos, ou ascender na hierarquia… -nenhuma chegou a “padre” e muito menos ao “papado” … 
Estes são apenas alguns exemplos ignóbeis e aberrantes que ainda perduram à luz do seculo XXI. São casos em que o senso comum e a razão acabam por deitar abaixo a insensatez da tradição dita religiosa.
Pregada e auto proclamada defensora de direitos humanos, obviamente que terá que respeitá-los na sua própria casa sob pena de cair em contradição e obviamente em descrença. O atual papa, pretende mudar esta última (os padres serem naturalmente pais como qualquer outro ser e não ter como consequência o fim do dito sacerdócio).
Tais palavras, assomaram do facto de um dito padre, de nome D. Manuel Clemente, ter vindo a público afirmar que:
“Quem voltasse a casar deveria abster-se de ter relações sexuais!”
Ora, sendo perfeitamente natural que na atual sociedade muitos casais se divorciam e voltam a casar, procurando a felicidade numa segunda relação, por a primeira não ter resultado…
Como é que alguém pode pedir a este “novo casal” que se abstenha de algo fundamental como o sexo para o equilíbrio da relação?
Só mesmo de uma mente absolutamente retrograda e incapaz de abranger a verdadeira essência e harmonia da vida…
Como é que uma função primária da vida e bem-estar pode ser reprimida ou considerada pecado?
Sem sexo como é que poderia haver a Criação?
Só mesmo por milagre!


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Autor: Carlos Silva
Data: 2018-02-12
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2018-04-22

0108. Fé





Tenho toda a fé na razão e nenhuma razão para ter fé.
O meu mundo é a natureza do berço onde nasci!
A minha pátria a Humanidade!

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Autor: Carlos Silva
Data: 2010-11-10
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2018-04-21

0107. Despertar





Está na hora de Despertar
Raciocinar em harmonia com a divina Natureza
Que mais se pode pedir a tão deslumbrante Deusa

Está na hora de Despertar
Raciocinar em paz com a Terra e o Mar
Que mais se pode pedir que não seja Respeitar

Está na hora de Despertar
Raciocinar esta Realidade e libertar a Humanidade
Está na hora de Viver esta Única e Plena Felicidade


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Autor: Carlos Silva
Data: 2017-12-17
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2018-04-17

0106. Felicidade





Hoje estuda-se… a Felicidade!
Hoje ensina-se… a Ser Feliz!
Hoje somos, inconscientemente, conduzidos para a Perfeita-e-Eterna-Felicidade, neste, e no “Outro-Mundo”, por ditas “religiões” e “seitas” com os seus aludidos “milagres e mandamentos” …
Hoje somos precocemente conduzidos e padronizados para um ideal de “suprema-espiritualidade” como fórmula absolutamente indispensável para atingir a Felicidade!

Somos precocemente induzidos a “rezar” …
Não temos direito nem tempo para brincar!
Não chegamos verdadeiramente a ser criança!

Construímos desenfreadamente novas chaves para a Felicidade!
Somos efetivamente mais evoluídos, mais cultos, mais ricos…
Mas, paradoxalmente, todos os dias novas portas se fecham!
Mas, paradoxalmente, somos globalmente mais infelizes!

Somos precocemente preparados para ser adultos perfeitos;
Somos precocemente preparados para atingir determinados níveis de produtividade e riqueza material;
Somos precocemente preparados para atingir objetivos académicos, alcançar metas e êxitos;
Somos precocemente instruídos para cuidar da mente e das mais elementares necessidades do corpo…

No entanto, ao atingirmos tão sonhado Ideal-de-Perfeição à custa de “sangue, suor e lágrimas” … quantas vezes, no fim do caminho, incompreensivelmente, nos sentimos tristes e vazios, num quase enigmático sofrimento perante a imensidão do mundo interior e exterior… sem respostas para as mais elementares questões que a realidade da vida nos coloca.

É nestes momentos de introspeção que nos perguntamos valerá realmente a pena toda uma vida de luta e sacrifício para que nos sintamos realmente felizes.
Ou basta que sejamos… que vivamos simplesmente?

Podemos, realmente como qualquer outro ser (sem de tal ter perceção) viver naturalmente feliz…
Podemos, realmente, como qualquer outro ser, ter a sensação ou consciência do que fazer… como alcançar (sensação de felicidade), despreocupando-nos do porquê…

Podemos, até, procurar compreender o significado e simultaneamente procurar contribuir para a sua realização generalizada…
A perceção (inteligência) para escolher diariamente o melhor caminho pode ajudar-nos a caminhar… a “reconhecer a verdadeira natureza da felicidade” …
A perceção para escolher diariamente o melhor caminho pode eventualmente até transformar-nos em seres humanos mais justos, mais determinados… a agir… a reagir coletivamente e consequentemente a tornar o mundo melhor… mais feliz!

A paz, a liberdade interior e exterior, as relações familiares, de amizade, de amor… 
São determinantes para a sensação de Felicidade… para a sua realização…
Mas que sensação de realização é essa, tão dissemelhante em cada ser, que nos faz sentir feliz no dia a dia?

Será o simples prazer de pensar?
Será o simples prazer de escrever… de desenhar… de pintar?
Será o simples prazer de ler… de procurar interpretar?
Será a procura constante de satisfação?

O que é que a mente e o corpo precisam para se sentirem realmente bem e fazerem com que os outros também sintam?
Será o prazer de procurar continuamente ser o melhor ser possível?
Será o prazer de respeitar todos os outros seres?
Será o prazer de ver um jogo de futebol ao vivo ou numa simples caixa de metal?
Será a sensação de liberdade de andar numa bicicleta?
Será o elementar prazer de saborear um simples pedaço de fruta, um pedaço de pão?
Ou será o supremo prazer de “amar” e ser amado por alguém?

O que é realmente a felicidade?
“Emoção, prazer, bem-estar, contentamento, ausência de dor…”

Ser simplesmente “Feliz” …
Sabemos e sentimos o significado…
Mas somos realmente capazes de compreender o que é realmente a Felicidade?
Somos realmente capazes de identificar o que é que nos faz realmente sentir felizes?
Somos realmente capazes de transmitir por palavras essa admirável sensação de felicidade?

Mesmo quando perdemos alguém que amamos!
Mesmo quando sofremos alguma deceção!
Mesmo quando alguma circunstância negativa da vida nos afeta!

Podemos tentar a cada momento Ser Feliz!
Podemos tentar neste preciso momento Ser Feliz!
Podemos contribuir diariamente para um Mundo Mais Feliz!

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Autor: Carlos Silva
Data: 2017-10-21
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2018-04-15

0105. Facebook





Face…
Não escrevo, não desenho, não pinto…
Não artifico[1] imagens por dinheiro!

Escrevo guiado por emoções!
Escrevo guiado por prazer!
Escrevo guiado por amor!
Escrevo simplesmente para dar e receber!
Escrevo realidade destes meus simples sonhos!
Escrevo necessidade de despertar!
Escrevo necessidade de fazer despertar!
Escrevo toda esta satisfação!

Não tenho “públicos-alvo” … “idades” ou “géneros”!
Não tenho “produtos” … “serviços” …  ou “clientes típicos”!
Não tenho interesse nos interesses dos clientes!
Muito menos no seu “dinheiro”!

Dinheiro!... Dinheiro!... Dinheiro!...
Chega a ser obsessiva a forma persistente como pedem dinheiro aos utilizadores…
Chega a ser perversa e imoral a forma como usam e abusam das “publicações” e dos “gostos” dos utilizadores…
Estão evidentemente a distorcer o objetivo inicial do “Face” que era, suponho, a interação entre pessoas e comunidades…
Estão evidentemente a manipular e tirar proveito dos sentimentos das pessoas…
Estão evidentemente a violar e a vender a privacidade das pessoas...
Estão evidentemente apenas a pensar no dinheiro das pessoas!
No final, quando tiverem mais dinheiro… muito dinheiro, decerto questionarão:

O que é que fizemos?
O que é que vivemos?
O que é que amamos?

Deixo-vos o exemplo das últimas palavras de Steve Jobs…

 “Cheguei ao topo do sucesso nos negócios. Aos olhos dos outros, minha vida tem sido um símbolo de sucesso.
No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria. Finalmente, minha riqueza é simplesmente um facto que estou acostumado.
Neste momento, estou na cama de hospital, lembrando toda a minha vida, e percebo que todos os elogios e riquezas de que estava tão orgulhoso, tornaram-se insignificantes com a iminência da morte.
(…)


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Autor: Carlos Silva
Data: 2018-01-14
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[1] Transformar ou imagens em arte…


2018-04-14

0104. Face / Cambrige Analytica






O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, reconheceu "erros" e prometeu “melhorar a rede social” depois de ter sido revelado o “uso indevido de dados pessoais de milhões de utilizadores pela empresa britânica Cambridge Analytica”.

Na prática os utilizadores concederam os seus dados ao Facebook!
Na prática o Facebook vendeu os dados à Cambridge Analytica!
Na prática a Cambridge Analytica, violou os dados pessoais de mais de 50 milhões de perfis do Facebook para fins de propaganda política!... por ganância, por poder… e pelo dinheiro!
Na prática houve uma óbvia violação de privacidade e de direitos dos utilizadores!
Na prática a Cambridge Analytica, cometeu 50 milhões de crimes!

Na teoria… aguarda-se pela condenação dos responsáveis!

Obviamente que o Facebook já não é uma mera ferramenta de entretenimento e interação entre os utilizadores…
Obviamente que o Facebook já não é uma mera ferramenta de venda de publicidade, de públicos-alvo…

O Face, hoje, promove uma extensa e detalhada recolha de dados dos utilizadores que analisa criteriosamente, manipulando os seus sentimentos, desejos e expectativas…
O Face, hoje, explora medos, ódios, ofensas…
Aproveitando os aparelhos telefónicos que usamos, as pessoas que contactamos, a localização geográfica, a raça, a cultura, as publicações, as doações, os dados bancários, as compras online, as fotografias da nossa vida… dos nossos familiares… dos nossos amigos… os comportamentos, os hábitos… praticamente tudo!

Estimulando interações para conhecer “gostos”, cria, assim, o perfil de quem somos… e até dos políticos ou presidentes em quem podemos votar!

Chega a ser humilhante e obsessiva a forma persistente como pedem dinheiro aos utilizadores…
Chega a ser imoral a forma como usam e abusam dos utilizadores…
Chega a ser perversa a forma como manipulam e tiraram proveito dos sentimentos das pessoas…

Está evidentemente a violar e a vender a privacidade das pessoas que nele confiaram!

Esta apenas a pensar… no dinheiro dessas pessoas!

E nós que nos julgamos realmente inteligentes, bem formados, corajosos e informados deixamo-nos arrastar num mar de ovelhas… obedientes… negando essa possibilidade de manipulação!

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Autor: Carlos Silva
Data: 2018-03-23
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2018-04-13

0103. Monstro






Em pleno séc. XXI, é, no mínimo, humilhante para qualquer mente divinamente inteligente, sem qualquer prova ou justificação, afirmar publicamente que existem criaturas supranaturais.

 

A forma falaciosa, flagiciosa, incessante, massacrante, como ao longo de séculos, esta interminável história da Idade das Trevas nos têm vindo a ser incutida como verdade absoluta e inquestionável, transformou a maior mentira na maior verdade da história da humanidade.

Uma história interminável que se transformou no autêntico monstro da humanidade.

 

Um monstro poderoso, padronizado e com poder financeiro…

Um monstro incontestável e inquestionável, com reino organizado, com território, fiéis seguidores e doutrina educacional instituída.

Um monstro com usos e costumes, educação, cultura, arte… não há nenhum setor social em que não esteja presente!

Um monstro que se apropriou do ser… da vida e da morte…

Um monstro que se apropriou do bem e do mal… da beleza e da moral…

Um monstro absolutamente omnipotente, omnipresente e omnisciente…

Um monstro imortal, ditador e detentor de poderes sobrenaturais

Um monstro que salva… que pune e mata

Um monstro que controla massas e perdura no tempo…

Um monstro que é amor e alimenta de ódio…

Um monstro que assume a forma humana… e é tudo o que se pode imaginar…

 

É impossível ficar indiferente à fúria voraz deste abominável monstro…

Alimenta-se de fome, miséria e sacrifício humano.

 

É impossível ficar indiferente a tanta guerra e genocídio cometido em seu nome…

É impossível apagar da história as tragédias destes últimos dois milénios factualmente relatadas pelos antepassados e por muitos dos nossos contemporâneos… [1]

 

Urge desmascarar e matar este abominável monstro!

Urge despertar e libertar!

 

As novas gerações precisam crescer saudavelmente e naturalmente!

As novas gerações precisam pensar e decidir o seu futuro!

 

Sem monstros!



[1] Richard Dawkins: “Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro, atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos («Deus quer que dês até te doer»). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas, decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um centímetro de pele.”


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Autor: Carlos Silva
Data: 2018-01-13
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2018-04-12

0102. Momento





Toda esta liberdade física e mental
Todas estas deslumbrantes realidades
Todas estas imaginárias-possibilidades
Todas estas relutantes possíveis-verdades

Não sei até onde realmente me levarão
Não sei até onde estes limites estenderei
Não sei até onde em tão ínfimo tempo irei
Não sei sequer que fim ou falência terei

Sei apenas que esta é a realidade-possível
Sei apenas que vivo agora este sentimento
Sei apenas que vivo agora este pensamento

Plasmado neste simples e sublime Momento

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Autor: Carlos Silva
Data: 2010-08-09
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2018-04-11

0101. O célebre Acórdão






Depois de ver a notícia na comunicação social, a curiosidade levou-me a ler o célebre Acórdão redigido pelo juiz Neto de Moura sobre um caso de violência doméstica, em que censura a vítima, devido a uma relação extraconjugal.
A primeira imagem que imerge é que tal argumentação é claramente contrária a qualquer atual Constituição…
A segunda imagem que imerge é que tal argumentação é claramente contrária a qualquer raciocínio racional…
A terceira imagem que imerge (que me terá impelido e a muitos outros, a escrever estas linhas) é o sentimento de revolta contra a mentalidade “retrograda e machista” …

Na argumentação do acórdão pode ler-se:
 “Ora, o adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem…”
“Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte…”
“Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com a morte…”
“Ainda não foi há muito tempo que a lei penal (de 1886!) punia com uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando a sua mulher em adultério, nesse ato a matasse…”.

Resumindo e deduzindo… mandava a tradição que a “violência doméstica é compreensível, quando existisse adultério…” Ora, não nos podemos surpreender que ainda hoje algumas destas ditas tradições ainda perdurem!... mas, vindo de quem vem, é realmente uma verdadeira machadada na justiça portuguesa, pois está implicitamente a legitimar a violência dos homens contra as suas mulheres e a colocar em risco a vida de muitas delas…

A última imagem que imerge?
O timming do Acórdão…
A realidade é que esta ainda é alguma da tradicional justiça do século XXI!

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Autor: Carlos Silva
Data: 2017-12-18
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