2018-04-29
0109. Sexo e religião
2018-04-22
0108. Fé
2018-04-21
0107. Despertar
2018-04-17
0106. Felicidade
2018-04-15
0105. Facebook
2018-04-14
0104. Face / Cambrige Analytica
2018-04-13
0103. Monstro
Em pleno séc. XXI, mais do que uma irracionalidade, é uma
autêntica humilhação, afirmar, sem qualquer prova ou justificação, que existe “deus”.
Esta inquestionável e interminável história da Idade das Trevas tem
vindo a ser de tal forma alimentada, que se transformou na inquestionável verdade
da história da humanidade.
Um autêntico monstro!
Um monstro que se criou… e tudo criou!
Um monstro que assumiu a forma humana e cujo limite é o que a fé
pode imaginar.
Um monstro que se apropriou do ser, do viver e do perecer.
Um monstro que se apropriou do bem, do mal, da beleza e da moral.
Um monstro que pode salvar… mas também pode punir e matar.
Um monstro que tudo controla… e perdura eternamente no tempo.
Um monstro de imponentes catedrais, reino organizado, território, fiéis
seguidores e doutrina educacional instituída…
Um monstro de usos e costumes, educação, cultura, arte…
Um monstro poderoso, padronizado e de incalculável poder
financeiro.
Um monstro ditador e detentor de poderes sobrenaturais.
Um monstro que é amor… e alimenta-se de ódio.
Um monstro voraz que se alimenta de sangue, miséria e sacrifício
humano.
Um monstro absolutamente omnipotente, omnipresente e omnisciente.
Um autêntico monstro da humanidade!
É impossível apagar da história as tragédias factualmente relatadas
pelos antepassados e por muitos dos nossos contemporâneos [1]
atribuídas a este monstro!
É impossível ficar indiferente a tanta guerra e genocídio cometidos
em nome deste monstro!
Urge desmistificar e matar definitivamente este abominável
monstro!
Urge despertar e libertar as suas presas!
As novas gerações precisam crescer saudavelmente!
As novas gerações precisam pensar e decidir o seu futuro!
Sem monstros!
[1]
Richard Dawkins: “Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro,
atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão
da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de
sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de
Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e
cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos («Deus quer que dês
até te doer»). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas,
decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um
centímetro de pele.”
2018-04-12
0102. Momento
2018-04-11
0101. O célebre Acórdão
Depois de ver a notícia na comunicação social, a curiosidade
levou-me a ler o célebre Acórdão redigido pelo juiz Neto de Moura sobre um caso
de violência doméstica, em que censura a vítima, devido a uma relação
extraconjugal.
A primeira imagem que emerge é que tal argumentação é claramente
contrária a qualquer atual Constituição…
A segunda imagem que emerge é que tal argumentação é claramente
contrária a qualquer raciocínio racional…
A terceira imagem que emerge (que me terá impelido e a muitos
outros, a escrever estas linhas) é o sentimento de revolta contra a mentalidade
“retrograda e machista” …
Na argumentação do acórdão pode ler-se:
“Ora, o adultério da mulher
é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem…”
“Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação
até à morte…”
“Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com
a morte…”
“Ainda não foi há muito tempo que a lei penal (de 1886!) punia com
uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando a sua mulher em
adultério, nesse ato a matasse…”.
Resumindo e deduzindo… mandava a tradição que a “violência
doméstica é compreensível, quando existisse adultério…” Ora, não nos podemos
surpreender que ainda hoje algumas destas ditas tradições ainda perdurem!...
mas, vindo de quem vem, é realmente uma verdadeira machadada na justiça
portuguesa, pois está implicitamente a legitimar a violência dos homens contra
as suas mulheres e a colocar em risco a vida de muitas delas…
A última imagem que emerge?
O timing do Acórdão…
A realidade é que esta ainda é alguma da tradicional justiça do
século XXI!