2020-01-30

0118. Carta ao Pai Natal





Era uma vez um menino de 10 anos de nome Gabriel que decidiu escrever uma carta ao Pai Natal.
A imagem que o Gabriel tem do Pai Natal, tal como a maioria dos meninos da sua idade, é a de um senhor velhinho de barba longa branca, simpático e gorducho, vestido de vermelho, que na véspera de Natal, conduz um trenó puxado por renas, voando através do céu, carregado de prendas para distribuir pelos meninos que durante o ano se comportam bem. Entra pela chaminé e passa pela casa de todas as crianças deixando presentes na árvore de Natal ou nas meias normalmente penduradas na lareira.
Esta é a imagem que o menino Gabriel tem do Pai Natal.
É, pois, perfeitamente normal e natural, que o menino Gabriel escrevesse uma carta ao Pai Natal a pedir brinquedos, jogos, ou até mesmo um telemóvel de última geração.
Mas, não!
Na realidade, o Gabriel não pediu nada disso!
O Gabriel pediu uma cesta com alimentos, roupa e dois pares de chinelos. Um par para si e outro para o seu irmão Lucas, que é autista.
O Gabriel inclusive convidou generosamente o Pai Natal a passar o Natal com ele e com a sua pobre família.
O Gabriel enviou beijos ao Pai Natal e desejou um feliz Natal a todo o mundo, com muita paz, saúde e amor, sobretudo para as crianças como o seu irmão Lucas, que são as que mais precisam. Ele não precisa de muito.
Este é o conto de natal que contamos a todos os meninos como o Gabriel.
Felizmente, na realidade, muitos meninos acabam por realizar os seus desejos, ou pelo menos aqueles que melhor se comportarem.
O Pai Natal passa mesmo pelas suas casas.
O Pai Natal passa sobretudo pelas casas e mesas onde não há pobreza.
O Pai Natal passa pelas ruas entoando músicas de Natal, distribuindo prendas para colocar debaixo do pinheirinho.
O Pai Natal passa até pelos locais de culto onde acorrem os mais pobres e necessitados.
O Pai Natal consegue fazer sorrir e encher de felicidade o coração do Gabriel e os corações de tantos outros meninos como ele.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu enviei cartas ao Pai Natal. Na verdade, quase sempre satisfez os meus desejos.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu perguntei ao Pai Natal porque é que só alguns meninos têm um lar, comida, roupa, amor.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu perguntei ao Pai Natal porque é que só alguns meninos celebram o natal com alegria, em paz e harmonia com os seus familiares.
Na verdade, nunca me respondeu.

Mas sei que o Pai Natal, por vezes, também fica muito triste, porque o sonho maravilhoso do Gabriel, para a maior parte dos meninos como ele, não se transforma em realidade!

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Autor: Carlos Silva
Data: 2019-11-19
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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Notas:
1. Este texto faz parte da obra “Natal em Palavras - Colectânea de Contos de Natal - Vol. II da editora Chiadobooks e foi restruturado na parte final para ser enviado.


2. O texto original (em baixo em itálico) não foi enviado.




Carta ao Pai Natal

Era uma vez um menino de 10 anos de nome Gabriel que decidiu escrever uma carta ao Pai Natal.
A imagem que o Gabriel tem do Pai Natal, tal como a maioria dos meninos da sua idade, é a de um senhor velhinho de barba longa branca, simpático e gorducho, vestido de vermelho, que na véspera de Natal, conduz um trenó puxado por renas, voando através do céu, carregado de prendas para distribuir pelos meninos que durante o ano se comportam bem. Entra pela chaminé e passa pela casa de todas as crianças deixando presentes na árvore de Natal ou nas meias normalmente penduradas na lareira.
Esta é a imagem que o menino Gabriel tem do Pai Natal.
É, pois, perfeitamente normal e natural, que o menino Gabriel escrevesse uma carta ao Pai Natal a pedir brinquedos, jogos, ou até mesmo um telemóvel de última geração.
Mas, não!
Na realidade, o Gabriel não pediu nada disso!
O Gabriel pediu uma cesta com alimentos, roupa e dois pares de chinelos. Um par para si e outro para o seu irmão Lucas, que é autista.
O Gabriel inclusive convidou generosamente o Pai Natal a passar o Natal com ele e com a sua pobre família.
O Gabriel enviou beijos ao Pai Natal e desejou um feliz Natal a todo o mundo, com muita paz, saúde e amor, sobretudo para as crianças como o seu irmão Lucas, que são as que mais precisam. Ele não precisa de muito.
Este é o conto de natal que contamos a todos os meninos como o Gabriel.
Felizmente, na realidade, muitos meninos acabam por realizar os seus desejos, ou pelo menos aqueles que melhor se comportarem.
O Pai Natal passa mesmo pelas suas casas.
O Pai Natal passa sobretudo pelas casas e mesas onde não há pobreza.
O Pai Natal passa pelas ruas entoando músicas de Natal, distribuindo prendas para colocar debaixo do pinheirinho.
O Pai Natal passa até pelos locais de culto onde acorrem os mais pobres e necessitados.
O Pai Natal consegue fazer sorrir e encher de felicidade o coração do Gabriel e os corações de tantos outros meninos como ele.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu enviei cartas ao Pai Natal. Na verdade, quase sempre satisfez os meus desejos.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu perguntei ao Pai Natal porque é que só alguns meninos têm um lar, comida, roupa, amor.
Quando era criança, como o Gabriel, também eu perguntei ao Pai Natal porque é que só alguns meninos celebram o natal com alegria, em paz e harmonia com os seus familiares.
Na verdade, nunca me respondeu.

Certamente, quando for grande, também o Gabriel irá pedir, não ao Pai Natal, mas a Jesus Cristo uma cesta com alimentos, roupa e dois pares de chinelos.
Certamente, quando for grande, também o Gabriel se irá ilusionar e emocionar, não com o Pai Natal, mas com Jesus Cristo… ofertará, comungará, rezará bastante e enviará muitos beijos, para que todos tenham um feliz e santo Natal, com muita paz, saúde e amor, sobretudo para as crianças como o seu irmão Lucas, que são as que mais precisam.
Agora que sou adulto (como um dia o será o Gabriel), tal como um dia o fiz ao Pai Natal, também eu cheguei a fazer essa pergunta a Jesus Cristo.
Na verdade, também nunca me respondeu.

Não me respondeu o Pai Natal!
Não me respondeu Jesus Cristo!

Compreendemos isso quando descobrimos que só os homens podem dar uma cesta com alimentos, roupa e dois pares de chinelos.
Compreendemos isso quando descobrimos que só depende dos homens que todos tenhamos um feliz Natal, com muita paz, saúde e amor… sobretudo para as crianças como o seu irmão Lucas, que são as que mais precisam!


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