2022-10-28

0309. Guerra

 

 

Está na hora de parar com esta guerra!

 

Está na hora de parar esta insanidade mental!

 

Está na hora de parar com a insanidade destes Putins e de todos os Kirills que a ratificam!

 

Está na hora de parar com a insanidade destes loucos que se convencem ser divindades e convencem o povo que foi “Deus que os colocou no poder”!

 

Está na hora de parar com a insanidade destes loucos que convencem jovens inocentes a irem para a guerra matar e morrer pelo seu “Deus Estado” sob suposta ameaça de, se não o fizerem, “irem para o inferno”!

 

Está na hora de parar com a insanidade destes loucos que induzem seres humanos a pensar que, se morrerem na guerra, "entrarão no reino de Deus"!

 

Está na hora de parar com a insanidade destes loucos porque a história do passado se está a repetir!

 

Estes loucos cegaram e estão a caminhar na direção de um mais um trágico abismo arrastando consigo milhares de inocentes…

 

Ainda nem sequer sararam todas as feridas da 2ª Grande Guerra Mundial!

 

Ainda nem sequer se apagaram os vestígios hediondos desta última grande loucura humana!

 

Será que estes loucos não aprenderam a lição?

 

Enfrentar mais um conflito civilizacional… é uma autêntica humilhação humana!

 

Cadáveres humanos abandonados e dilacerados em valas comuns…

 

Um mar de lágrimas… de crianças, de mães, de pais, de idosos fugindo em desespero da terra que os viu nascer completamente devastada…

 

A insanidade destes senhores da guerra que publicamente se entretêm a insultar e ameaçar mutuamente, que vivem em luxuosas mansões e palácios, que comem abastadamente e dormem sossegadamente sem ouvir o som de uma bomba ou sequer de um despertador…

 

Que ser humano minimamente sensível e racional pode ficar indiferente a tanto sofrimento?

 

Está na hora de despertar esta gente! A gente que se limita a sancionar, a observar e a deixar acontecer…

 

Está na hora de agir!

 

Está na hora de parar a m**** desta guerra!

 

Urge parar esta insanidade mental!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-25
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2022-10-20

0308. Um Presidente católico ou um católico Presidente?

 


Após a Comissão Independente ter divulgado o número de queixas de abusos sexuais de menores no seio da Igreja Católica, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não se mostrou muito surpreendido, e, como sempre, resolveu comentar o assunto:

 

“Haver 400 casos não me parece que seja particularmente elevado… (disse) por não haver um limite de tempo para as queixas… noutros países com horizontes temporais de investigação mais pequenos houve milhares de casos” …

 

Quem está minimamente atento ao que se passa em Portugal e ouve o Presidente afirmar que “400 casos de pedofilia não é um número particularmente elevado”, certamente não ficará indiferente, e, como seria de esperar, estas palavras geraram uma autêntica tempestade política.

 

Ondas de “choque” e de “vergonha” invadiram por completo a Presidência da República…

“Miseráveis!” … “Inaceitáveis!” … “Lamentáveis!” … é um “insulto para as mais de 400 pessoas em causa” … “é este o Presidente de uma República laica e de um Estado de Direito”...

André Ventura, líder do Chega, iria ainda mais longe exigindo um pedido de “desculpa às vítimas” e salientando que: “uma vítima de abusos sexuais, mesmo que fosse só uma, já seria muito grave”.

Por sua vez, o Primeiro-Ministro, António Costa, com toda a oportunidade e reconhecida audácia, seria o único a manifestar “total solidariedade” com as palavras do Presidente, aludindo que se trata de uma "interpretação inaceitável”. "Todos nós conhecemos bem o Presidente da República"… por isso, "todos sabemos bem que, para uma pessoa como o professor Marcelo, um caso que fosse de abuso sexual sobre crianças seria algo absolutamente intolerável". “Quem tem de pedir desculpa é quem interpretou mal as palavras do Presidente".

 

Já no meio do vendaval, Marcelo ainda tentou acalmar um pouco os ventos alegando que tinha sido “mal interpretado” e que “respeita a opinião dos partidos como respeita a opinião das vítimas, das pessoas e das figuras da Igreja que ficaram muito melindradas…”

“Estamos em democracia (…), aceita-se a crítica e ninguém pode ficar ferido, amuado ou magoado com isso e percebo que as pessoas tenham opiniões diferentes, juízos diferentes, achando que eu não disse exatamente o que queria dizer e que tenho dito sempre”.

 

Ora, fazendo jus às suas palavras…

Este vulgar cidadão, não poderia também deixar de emitir a sua modesta opinião sobre o assunto do momento…

 

Evidentemente que, no momento, o que mais importa é desmascarar e punir os autores e ocultadores dos abusos sexuais de menores no seio da Igreja Catónica e averiguar o que está realmente na origem desta conduta… mas, para além de toda a polémica, há que realçar um facto:

 

As palavras do Presidente despertaram inúmeras vozes que, até ao momento, se mantinham impávidas e serenas no seu calmo e confortável recanto… não apenas as mais sonantes do espectro  político e cultural nacional, mas também os media e sobretudo o cidadão comum nas redes sociais.

 

Finalmente é questionada a relação Estado/Religião!

Finalmente é questionado e investigado o abuso sexual de menores no seio da Igreja Católica e o que é que está na sua origem!

 

Ainda são bem recentes as declarações do Vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. António Marto, que veio a público afirmar que “em Portugal não existem casos concretos de pedofilia na Igreja”, justificando assim a desnecessidade da criação duma comissão para analisar a questão.

A “Comissão Independente” surgiu como uma espécie de resposta nacional ao enorme escândalo que eclodiu em França, em que, alegadamente, “330 mil crianças teriam sidovítimas de pedofilia na Igreja Católica

 

Questionemos então:

 

Temos, afinal, um Presidente que age com base na sua fé católica ou apenas mais um católico na Presidência da República que se ajoelha aos pés do Papa a beijar a sua mão?

 

Estas últimas palavras terão sido apenas mais um deslize ou desta vez foi longe demais e mais uma vez terá querido proteger a Igreja?

 

Não se trata de questionar a integridade do Presidente!

Não se trata de afirmar que a fé católica do Presidente pode influenciar a sua avaliação dos casos de abusos sexuais na igreja!

Não!

 

É por demais evidente que a fé católica do Presidente tem condicionado a sua intervenção como Chefe de Estado.

É por demais evidente que a fé católica do Presidente tem influenciado o futuro de milhões de inocentes crianças e sobretudo o destino desta geração.

 

O já célebre “conseguimos” (ele conseguiu!) a propósito do seu apreciável contributo para trazer para Portugal as “Jornadas (Católicas) Mundiais da Juventude em 2023” é um exemplo flagrante duma intervenção desenquadrada com a missão de Chefe de um Estado laico e democrático.

“Graças a Deus” (graças a ele!) conseguimos organizar as “Jornadas Mundiais da Juventude” no nosso país!

Até o bispo reconheceu que o Presidente é “o nosso melhor pivô, o nosso maior embaixador”.

Como é que um país que claramente declara a sua laicidade, onde vigora a liberdade “religiosa” (supostamente separada do Estado) organiza uma “missa” de largos milhões de euros á custa do erário público, patrocinada pelo Presidente, com direito a foto promocional com os intervenientes no local da dita.

 

O Presidente é uma pessoa íntegra, inteligente, um excelente comunicador…

Ninguém duvida.

O Presidente, ainda que tardiamente, teve a humildade de vir publicamente pedir desculpa…

Ninguém duvida.

Mas, após toda esta tempestade, o que é que fica?

 

Fica a fé católica do Presidente de Portugal.

 

Fica a proteção e a promoção da doutrinação religiosa infantil por parte do Presidente.

Fica a desvalorização de comportamentos pedófilos e sobretudo uma grande falta de respeito pelas vítimas por parte do Presidente da República.

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-12
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2022-10-10

0307. Privilegiado

 

 

Sou um dos privilegiados desta vida

 

Sempre lhe sorri e sempre me sorriu ainda mais

 

Sempre viajei em paz comigo e com os demais

Sempre viajei serenamente contigo amando mais e mais

Sempre realizei o que sonhei sem nunca desejar demais

Por isso quando partir partirei completo e não quererei mais

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-09-12
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Obs.:
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2022-10-06

0306. Hipermercado vs Igreja

 

 


Na minha cidade existe um Hipermercado que vende todo o tipo de produtos… deste carne, peixe, vestuário, até aos mais variados tipos de eletrodomésticos.

Ao lado está uma Igreja que também vende todo o tipo de produtos… desde missas, terços, crucifixos, até aos mais variados souvenirs alusivos à fé no seu deus.

 

O gerente do Hipermercado é uma das mais distintas figuras da comunidade com bastantes conhecimentos na área da economia; eventualmente não tantos como o pároco da Igreja, também ele uma celebridade entre os fiéis, que, mérito seja reconhecido, além de excelente gestor de almas, é também um brilhante administrador financeiro.

Muitos dos clientes do supermercado são obviamente crentes e assíduos frequentadores da igreja. Não é raro ver as mesmas caras num e noutro local, sobretudo ao fim de semana.

 

A diferença fundamental entre os referidos locais é bastante óbvia: enquanto no primeiro se alimenta primordialmente o estomago, no segundo alenta-se fundamentalmente a alma.

No primeiro é indispensável comprar, porque se não o fizer acaba mesmo por ir desta para melhor.

No segundo embora seja dispensável comprar, acaba sempre por o fazer; afinal nenhum católico quererá deixar de reservar o seu lugar no céu.

 

Em ambos os casos existem fortes campanhas de marketing dos respetivos produtos; de resto com grande sucesso, tal como demonstram os resultados positivos por ambos exibidos.

 

A diferença fundamental entre as duas campanhas publicitárias é simples: a primeira é baseada num produto real e o lucro varia em função do mercado; a última é baseada num produto fictício e o lucro, embora também variável, é praticamente 100%.

A principal semelhança (objetivo) é clara: o lucro!

 

Há quem diga que o “dinheiro é fonte de pecado” … mas, o que é certo, é que sem dinheiro, nada se faz!

 

Em ambos os locais tem que se pagar os respetivos serviços pois ninguém oferece nada a ninguém!


Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-05
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Obs.:
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2022-10-04

0305. Mahsa Amini

 

 

Mahsa Amini era uma jovem de 22 anos… e tinha toda uma vida para viver!

Tinha toda uma vida para viver, mas, tal com muitas outras jovens que nasceram no tempo e local errado, já não tem!

Assassinaram-na!

 

Mahsa cometeu o crime de usar um véu que deixava à vista parte do seu deslumbrante cabelo!

Viajou até à capital, Teerão, simplesmente para ir visitar a sua família, mas o tão desejado reencontro acabaria por não se concretizar. Seria detida pela “polícia da moralidade” que vigia comportamentos e vestes das mulheres em locais públicos.

Seria detida e morta na esquadra desta polícia por violar as regras impostas pelo seu estado islâmico… regras alegadamente determinadas por uma divindade!

A forma de usar a roupa é uma imposição. Quem violar os mandamentos divinos ofende a moral e os costumes e pode ser condenado à morte.

Os assassinos, como sempre acontece neste tipo de regimes de extremismo religioso, estão sempre acima da lei, simplesmente porque são a própria lei.

Um pouco por todo o país, gerou-se uma onda de protestos com inúmeras mulheres a queimarem os seus véus e a cortarem o cabelo em plena praça pública…

Manifestantes, em fúria, têm bloqueado estradas, incendiando contentores e veículos da polícia enquanto entoam “slogans” contra o governo… protestos que têm sido violentamente reprimidos, gerando, nestes primeiros dias, inúmeros mortos.

Perante a pressão da opinião pública para que os autores da morte de Mahsa sejam condenados, eis que o governo vem justificá-la com um “ataque cardíaco” … comunicado que só contribuiria para o agravamento da tensão e das manifestações.

De uma vez por todas, está na hora de, em uníssono, levantarmos a voz e sairmos para a rua para lutar contra os estados instrumentalizados e doutrinados por religiões extremistas.

De uma vez por todas, está na hora de, em uníssono, condenar as suas violentas tradições ancestrais que manifestamente violam os mais elementares direitos humanos e em particular os da mulher.

Em Pleno Século XXI é intolerável que a forma de usar uma peça de roupa ou de compor o cabelo não sejam uma escolha da mulher… e tal seja punido com a morte!

 

Está na hora de lutar pela liberdade!

 

É urgente evitar que morram mais Mahsa’s!

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-09-22
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