Amar…
Pulsa-me o corpo de vida...
Pulsa-me por todos os poros...
Pulsa-me e dilata-se…
Ahhhhhhhhhh!...[2]
… até que o coração me abandona num
quase pleno silêncio mental absoluto...
… até que um quase pleno silêncio de
felicidade me invade... até que um quase pleno silêncio literal toma conta de
mim...
Não faz sentido o sentido de um ato de
amor[5]...
Dos espaços mais recônditos da
consciência (im)pulsa-me o desejo de
emergir toda esta lava de sentimento que queima e teima em transbordar...
Recompõe-se, não sei de que
profundezas, o olhar, algumas palavras vagas, lentas, desnecessárias no sossego
da noite...
Volta o conforto emocional e a leve
sensação inicial da pele ainda quente...
Volta a agitação visual... -admirável
como ainda sabe a desejo!
Volta o sorriso desmedido daqueles
lábios de desejo...
Carícias de memória…
É impossível retardar o “pulsar da
vida”[7]...
Abandono total…
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Autor:
Carlos Silva
Data: 1997-06-23
Imagem: Internet
Obs: Rabiscos
durante um ato de amor…
Direitos reservados.
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