Celebra-se
hoje mais uma vez o dia da “Imaculada Conceição”.
“Imaculada,
mãe de Jesus”, porque teria sido “concebida sem pecado”.
Teria
sido concebida sem sombra de sexo, ou pela divina luz do sexo sem sombra de
pecado.
É
um enorme dilema que tem dividido até a própria Igreja Católica.
O que é um
facto é que, hoje, se celebra mais uma daquelas indiscutíveis e absolutas
verdades da religião católica onde é invocada a “vida e a virtude” da “Virgem
Maria, mãe de Jesus”, nascida sem qualquer “mácula” ou sombra de “pecado
original”.
Curiosamente,
discutir a sexualidade no âmbito da Igreja Católica, continua, ainda hoje, a
ser assunto proibido. Na lista dos pecados capitais ainda consta o mais
terrível de todos: o sexo!
O sexo,
supostamente dádiva e criação divina, deveria ser visto com naturalidade, mas
infelizmente, continua a não ser. Ao longo de séculos tem sido demonizado e
transformado em pecado original; que no seio da própria igreja católica levaria
a alguns dos maiores “pecados sexuais” que ultimamente têm eclodido e chocado a
sociedade atual.
O dogma da
“Imaculada Conceição” terá tido origem numa festa “decretada em 1476 pelo Papa
Sisto IV.” …
Em Portugal,
“a 25 de março de 1646, o rei D. João IV organizou uma cerimónia solene, em
Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de
Portugal em relação à Espanha. Foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição que a
declarou padroeira e rainha de Portugal. Desde este dia, mais nenhum rei
português usou coroa na cabeça, privilégio que estaria disponível apenas para a
Imaculada Conceição.”
Este é apenas
mais um dos muitos dogmas religiosos que perduram na sociedade portuguesa,
marcadamente enraizada e manipulada pela religião.
Faz algum
sentido continuar a fazer deste dogma um feriado nacional?
Faz algum
sentido parar Portugal para celebrar uma mentira?
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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-12-08
Imagem: Internet
Obs.:
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