2021-10-26

0264. Saudade

 


A vida é demasiado curta

 

Para não ser plenamente sentida e vivida

Para não ser plenamente amada e partilhada

Para ser desperdiçada com barbaridades ou inutilidades

Para ser desperdiçada com ilusões ou superstições

 

É fundamental encurtar a distância e a ausência dos que amamos

É fundamental dizer e fazer tudo o que realmente carecemos

É fundamental nascer crescer e perecer junto dos que mais amamos

Porque será dura a pena se demasiado tarde apenas o entendermos

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-10-19
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2021-10-21

0263. Não existem!

 



Porque é que a maioria dos jovens já não acredita em “divindades”?

Simplesmente porque não existem!

Simplesmente porque a maioria dos jovens já pensa racionalmente!

 

Porque é que a maioria dos jovens das atuais gerações são ateus?

Simplesmente porque não se trata de uma escolha!

É uma consequência lógica da observação da realidade, da aquisição de conhecimentos… e do seu raciocínio!

Ao raciocinarem de forma lógica e coerente chegam à conclusão que os “Deuses” por muitos venerados em igrejas e templos, simplesmente não existem!

Não existem simplesmente porque se trata apenas de um conceito abstrato, de uma imagem mental!

Não existem simplesmente porque é inconcebível existirem criaturas sobrenaturais, supostamente omnipotentes, omnipresentes e omniscientes, eternamente invisíveis, absolutamente cegas, surdas e mudas, e completamente indiferentes a todo o sofrimento e a todas as barbaridades que em seu nome são cometidas… logicamente por seres humanos!

Toda a ação, benigna ou maligna, depende simplesmente da atitude, da inteligência e da sensibilidade de cada ser humano perante a dor ou amor ao seu semelhante.

A própria crucificação de um ser humano, simbologia da religião católica, é um ato ancestral bárbaro, intolerável, punido como crime por qualquer sociedade atual minimamente livre e democrática que respeite os direitos humanos.

 

Porque é que a maioria dos jovens já não acredita em “divindades”?

A resposta é simples:

Porque não existem!

 

Porque é que a maioria dos jovens das atuais gerações são ateus?

A resposta é ainda mais simples:

Porque é uma consequência lógica da primeira resposta!

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-10-19
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2021-10-12

0262. Pedofilia na Igreja Católica

 



“330 mil crianças foram vítimas de pedofilia na Igreja Católica francesa.”

 https://pt.euronews.com/2021/10/05/330-mil-criancas-foram-vitimas-de-pedofilia-na-igreja-catolica-francesa?fbclid=IwAR0IvE84ZWUupcUF5iYGsXvS2i_ao7X8AveenTJDOmQEW7gY-uF1ZEBfryY

  

“Portugal sem casos concretos de pedofilia na Igreja.”

https://www.dn.pt/portugal/portugal-sem-casos-concretos-de-pedofilia-na-igreja-1545024.html?fbclid=IwAR1Kv-8RsQ8Ys6pJC-9TItb5XsVIO1X57C1d5QM9nvrCWrI4ZDj9gGfuOUY

 

Não é realmente fácil ler duas notícias completamente contraditórias e ficar impávido sem tecer um comentário minimamente objetivo sobre as mesmas… sobretudo quando o tema é “pedofilia”.

Comentar o tema "religião" parece ser, para a maioria das pessoas, um sacrilégio... um tabu, como se estivesse subjacente o medo duma ridícula ameaça (inferno!) ou o ancestral respeito por uma figura fictícia (divina)... que terá dado asas aquela que será, eventualmente, a maior mentira da humanidade e possivelmente a que mais vidas lhe roubou!

Como sempre, respeitando quem acredita em amigos imaginários...

A realidade é que em nome desses inúmeros seres fictícios (divinos) têm-se cometido as maiores barbaridades que a humanidade já conheceu!

A pedofilia na igreja é só mais um exemplo (real!) um pouco por todo mundo... por onde esta espécie de epidemia se disseminou ao longo de séculos.

A maioria dos casos não são do conhecimento público… porque, como é óbvio, quando se é juiz (católico) em casa própria...

Em França, nos últimos 70 anos, 330 mil crianças foram vítimas de pedofilia (e são apenas os casos agora revelados e conhecidos).

O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje que “não existem casos concretos em Portugal que envolvam elementos do clero em situações de pedofilia”, justificando assim a não criação de uma eventual comissão para analisar a questão.

Das duas uma...

Ou são realmente "santos" e não-pecadores!

Ou são mentirosos e escondem todas as monstruosidades que cometeram!

Disse.

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-10-05
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2021-10-03

0261. Assim

 



Assim te amo e assim o proclamo loucamente

Assim te amo e assim o sinto perdidamente

Assim te amo e assim o juro na tristeza e alegria

Assim te amo e assim o celebro noite e dia

 

Assim te amo e assim o sinto neste preciso momento

Assim te amo e assim o pressinto neste sucinto tempo

Assim te amo e assim o canto neste perfeito encanto

Assim te amo e assim o canto banhado em vivo pranto

 

Assim te amo e assim o proclamo hino ao amor

Assim te amo e assim o proclamo soneto eleito

Assim te amo e assim o eternizo quadra e terceto

 

Assim o eternizo Épico com todo este imenso esplendor

Assim o eternizo Heroico nunca antes assim assinalado

Assim o eternizo Amado nunca antes assim cantado

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-09-13
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2021-10-02

0260. Rei

 


É um privilégio reinar e ser rei de mim próprio

Neste meu reino não existem súbditos nem fiéis

Neste meu reino cada súbdito é rei de si próprio

Neste meu reino todos são livres e senhores dos seus anéis

  

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-09-19
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2021-09-24

0259. Cartas de Indulgência

 


As “Cartas de Indulgência” eram prática corrente da Igreja Católica e tiveram o seu início no século XI com o intuito de controlar e obter dinheiro fácil dos seus fiéis seguidores. As esmolas eram parcas e escassas numa população já de si faminta e pobre em recursos.

Eram uma espécie de perdão concedido aos crentes pelos seus pecados e consistiam no pagamento voluntário de uma quantia monetária calculada em função da posição social e da gravidade dos mesmos.

Após concedidas pela Igreja Católica as indulgências garantiam e reservavam automaticamente ao pecador arrependido um lugar no paraíso.

O perdão do pecado, associado ao medo do inferno, dominavam o “imaginário sociocultural da Idade Média”, pelo que as Cartas rapidamente se transformariam numa medida, ainda que algo severa, socialmente aceite pela maioria da população.

Nos séculos XIV e XV, com o despertar do Humanismo por toda Europa, sobretudo nos meios mais instruídos, as indulgências começaram a ser criticadas e a perder alguma popularidade o que desencadearia algumas medidas de repressão mais severas tais como julgamentos e queimas em plena praça pública de hereges e inimigos da fé cristã que ousaram colocá-las em questão.

Quer sob a forma de indulgência, quer sob as mais imorais formas este comércio, o negócio do divino continua ainda hoje a alimentar a gula e poder da Igreja Católica e de todas as religiões.

Financia a construção de descomunais catedrais e templos, cria autênticos impérios como é o caso do Vaticano, e sobretudo alimenta todo o fausto clero que vive luxuosamente e vergonhosamente à custa do trabalho e do suor dos seus pobres e acéfalos fiéis.

 

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Autor: Carlos Silva
Data: 2021-09-24
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