2023-01-16

0323. Agressão

 


Alguém que diga a esta senhora que “um polícia ser agredido NÃO faz parte da sua profissão”?

 

Nenhuma agressão ou qualquer tipo de violência contra polícias ou militares é legítima!

 

Tal como também não é legítimo o uso de violência ou agressões contra cidadãos por parte de polícias e militares que não seja no legítimo e proporcional uso da força que por lei lhes é conferida.

 

Ainda que a agressão recaia sempre sobre o polícia ou militar, na realidade, é o Estado que está a ser agredido. É o Estado que está a ser desobedecido. É a autoridade do Estado que está a ser desrespeitada… e o Estado somos todos nós!… incluindo a senhora!

 

O Estado que permite comportamentos violentos ou agressivos sobre os seus agentes, que permite a impunidade e a violação das próprias leis, é um Estado sem valores, sem ética, sem moral… e sem autoridade!

 

É preciso Respeito!

 

É preciso respeito pelos polícias e pelos militares da GNR!

É preciso respeito pelos médicos e enfermeiros!

É preciso respeito pelos professores e magistrados!

 

É preciso respeito por todos os agentes que servem Portugal!

 

*

 

Assistimos hoje a mais uma bárbara agressão a militares da GNR…

 

Um homem alcoolizado, já com antecedentes na agressão a órgãos de polícia criminal, arrancou o nariz à dentada a um militar que se encontrava no exercício das suas funções.

O agressor não aceitou ser detido quando conduzia bêbado com a esposa, também ela alcoolizada, e dois filhos ainda crianças, às 03h30 da manhã numa rua de Beja.

 

Agrediu mais dois guardas e partiu inúmeros equipamentos no posto.

Acusou uma taxa de alcoolemia que indicia a prática de um crime.

O guarda, mutilado, ficará certamente com sequelas físicas e psicológica para toda a vida e tão cedo não voltará a exercer as suas funções.

 

Pela forma reiterada como acontece, até parece que é algo normal...

 

Até parece, para usar as suas palavras, que “faz parte da profissão”!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2023-01-13
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2023-01-15

0322. Autêntico

 


Na vida

Tal como no amor e na amizade

Nada se impõe nada se força

Não se força acontecimentos nem momentos

Porque acabam não parecer ou acontecer

Não se força sentimentos

Porque acabam por esmorecer

 

Na vida

Tal como no amor e na amizade

Nada se prende e nada se tem apenas por querer

Ninguém é de ninguém

Ninguém preso por alguém pode viver

 

A vida ensina-nos que

A verdadeira natureza e a beleza

Está na autenticidade e na espontaneidade

Na genuinidade do sentimento

Na perfeição do momento

 

Por isso existem pessoas incomparáveis

Por isso existem sentimentos inexplicáveis

Por isso existem momentos inolvidáveis

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2023-01-14
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Obs.:
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2022-12-16

0321. Guerra

 


Disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres que…

“É inaceitável uma guerra no século XXI”.

 

Muito além do “inaceitável” …

Uma guerra no século XXI é uma ofensa a qualquer mente minimamente inteligente e saudável!

 

Muito além do “inaceitável” …

Uma guerra no século XXI é uma autêntica humilhação para a Humanidade!

 

Muito além do “inaceitável” …

Uma guerra no século XXI é uma vergonha para todos os líderes de todos os países!

Uma guerra no século XXI significa o fracasso da diplomacia e sobretudo a submissão do poder económico aos lóbis do armamento!

 

Como é que a humanidade do século XXI permite que esta dita “gente” viva à custa do sacrifício de milhares de inocentes e inconscientes que vão para uma guerra que não é sua, matar e morrer em nome de ditadores e causas supostamente tidas como nobres e virtuosas?

 

Enquanto esta dita “gente” continuar a ganhar milhões com a indústria do armamento, a viver em luxuosas mansões, a deslocar-se em aviões e iates privados... e o resto do mundo a assistir vergonhosamente a este chocante espetáculo com inocentes personagens humanas a serem desalojadas dos seus lares, condenadas à fuga, à fome, ao frio e em muitos casos à morte... será realmente “inaceitável” aceitar o “inaceitável”!

 

Muito além do “inaceitável”!...

Uma guerra no século XXI é uma autêntica tragédia humana!

 

Muito além do “inaceitável”!...

Uma guerra no século XXI é uma autêntica “loucura”!...

Uma loucura que viola todos os princípios e todas as regras da humanidade!...

 

Uma guerra que viola a inteligência e a liberdade…

Uma guerra que separa pais e filhos, amigos e vizinhos…

Uma guerra que destrói amores e amizades, que mutila infâncias e maioridades, que gera ódio e sofrimento atroz…

Uma guerra que rouba o maior de todos os direitos fundamentais: a VIDA

 

Por isso Sr. Guterres,

Uma guerra não é apenas “inaceitável”! …

 

Esta guerra no século XXI é uma autêntica insanidade mental!

 

É preciso muito mais do que simples palavras para parar esta guerra!

 

É preciso ações concretas de quem de direito.

 

Mais do que discursos, mais do que criticar e sancionar o agressor ou enviar armas ao agredido para se defender e continuar a alimentar os lóbis do armamento, é preciso que alguém com poder e legitimidade para decidir, decida com coragem em nome do povo e da humanidade!

 

É urgente levar a cabo ações concretas que acabem com esta “inaceitável” guerra e com o sofrimento de milhões de seres humanos!

 

É preciso, Senhor secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, agir… já!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-06-11
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Obs.:
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2022-11-28

0320. Recordar

 


Disse-me um dia o meu avô que o seu avô também se chamava Alturas, que falecera quando tinha apenas 2 anos e que dele não guardava qualquer memória.

Recordo que o meu avô a ele se referia como pessoa de bem porque o seu pai assim lhe dissera.

Tenho ainda hoje memória bem viva do meu avô… do ser extremadamente protetor da sua única filha e sobretudo bastante amigo do seu único neto… o neto que neste preciso momento evoca a sua memória.

O local onde fisicamente hoje se encontra, eu sei… sei porque lá vou com regularidade e é precisamente o mesmo local onde, agora, também se encontra o meu pai.

Recordo-o, não apenas por ser o meu avô, mas por ser o melhor avô do mundo!... tal como agora recordo o meu pai… porque também ele foi o melhor pai do mundo!

 

Daqui por uns anos ninguém se recordará deles… ninguém saberá deles… não serão sequer memória de alguém… tal como eu no futuro, não serei de ninguém…

 

Futuramente, outras pessoas por aqui estarão, vivendo no local onde agora vivo, onde agora escrevo a memória de alguém que por aqui esteve…

Nenhuma dessas pessoas de mim terá memória; nenhuma se lembrará de mim porque nem sequer saberão que existi… nem sequer saberão que por aqui fui feliz… e muito menos do meu pai, do meu avô, ou do avô do meu avô que por aqui passaram e possivelmente também terão sido muito felizes.

 

Daqui por uns anos serei apenas parte da história da terra, tal como todos os nomes e todas as formas de vida…

Daqui por uns anos todos seremos memória do presente dos que por cá estarão…

Deste mundo, apenas levamos o que agora somos, o que agora vivemos!...

 

Importa, pois, que, em tempo útil, tenhamos a perceção da importância do Agora… e não nos limitemos apenas a recordar o passado ou a projetar um hipotético futuro que poderá nunca chegar…

 

A vida é demasiado curta e preciosa para ser desperdiçada com crenças fúteis e inúteis, com lutas, guerras e ganâncias sem sentido…

A vida é simplesmente desfrutar o dia a dia… e superar a mágoa dos momentos menos bons…

Vida que perdura na memória dos que cá estão enquanto memória tiverem dos que já foram…

Vida que perdura na memória das palavras…

 

Bem sei que “recordar é uma traição à Natureza”

 

Tal como a memória, a “natureza de ontem não é Natureza”, não é nada!

 

“O que foi não é nada, e lembrar é não ver.”

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-11-26
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2022-11-16

0319. Catar. sexo proibido

 


Imagina que tens uma carteira bem avultada e que de um momento para o outro decides ir até ao Catar ver um jogo da tua seleção.

Planeias rigorosamente a viagem, o hotel, o bilhete… e tudo corre tal como o previsto.

No dia D acomodas-te confortavelmente no banco do estádio e preparas-te para assistir ao tão desejado jogo.

Tal como tu, uma deslumbrante adepta da seleção rival, efetuara o mesmo planeamento, e, por ironia do destino, vem sentar-se precisamente ao teu lado.

Após um primeiro e inevitável olhar, trocam umas breves palavras…

Terminada a emocionante contenda é inevitável a alegria da vitória de um e a tristeza da derrota do outro… por isso como que procurando estabelecer um ponto de equilíbrio, eis que ambos estabelecem uma espécie de acordo e decidem ir jantar juntos.

Num determinado momento do repasto dão as mãos, abraçam-se e surgem uns primeiros beijos e carícias… dito por outras palavras, entusiasmam-se... e no calor da noite, decidem partilhar o mesmo hotel, o mesmo quarto e mesma cama.

Precisamente quando a inevitável cópula atinge o clímax… eis que tudo muda radicalmente…

 

Entra uma “brigada da moral” e prende-os!

São de imediato levados a Tribunal e numa espécie de Processo Sumário são condenados a 7 anos de prisão por violar as Leis do Mundial de Futebol do Catar!

 

Sete anos de prisão?! -questionarão alguns?!

 

Pois é!… segundo o “Daily Star”, “um encontro sexual fora do matrimónio no Catar, durante o Mundial, poderá resultar numa pena de prisão de 7 anos!

O “Supremo Comité” informou, em comunicado, que o "Catar é um país conservador e as demonstrações públicas de afeto estão mal vistas independentemente da orientação sexual”.

 

Pela primeira vez na história "está proibido o sexo durante o Mundial”.

 

Portanto, se alguém está a pensar ir ao Campeonato do Mundo de Futebol no Catar, é melhor ir acompanhado pelo cônjuge e manter a “cabeça fria”, para não cair em tentação, ou manifestar publicamente qualquer afeto, pois a aventura poderá tornar-se inesquecível e sair realmente muito cara.

 

Nasser Al-Khater, presidente do comité organizador do Mundial do Catar disse também que “a homossexualidade não é permitida”, ainda que os ditos, podem viajar ao emirato e assistir aos jogos. Catar e os países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos aos fans que respeitem. Estamos seguros de que o farão; assim como nós respeitamos as culturas diferentes, esperemos que a nossa também o seja”.

 

Parece que nesta moderna viagem futebolística ao passado, é imperioso respeitar determinadas regras e tradições medievais… que parecem ser valores mais elevados que as liberdades e direitos fundamentais do homem…

 

Mas enquanto toda esta série de inqualificáveis episódios típicos da idade média se sucedem, eis que vem a público a confissão do óbvio…

A organização do Mundial de Futebol no Catar terá sido homologada pelo máximo organismo do futebol mundial sobre uma suposta compra do veredito dos seus decisores…


Será, pois, uma espécie de Mundial da vergonha e da corrupção onde quase apetece perguntar onde está a dignidade de organizadores e participantes?!


Quando a FIFA vier falar em “Respeito”, “Tolerância”, “Não ao Racismo” ... certamente a muitos soará a demagogia e a hipocrisia!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-06-21
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2022-11-14

0318. Militares e Capelães

 


Diz o bom senso…

“Militares nos quartéis… capelães nas capelas!”

Quando a ele se foge… normalmente são desastrosas as consequências!

Quando os capelães extrapolam as suas funções de evangelização dos militares e se dedicam a questões de natureza militar… normalmente algo corre mal…

Quando os militares extrapolam as suas funções militares e se dedicam prioritariamente a fazer uso do uniforme e da arma em nome do divino espírito santo… normalmente algo corre mal…

É muito débil a linha de colisão entre ambos os lados…

Militares obedientes e disciplinados ao estado são normalmente fiéis à igreja…

Militares obedientes e disciplinados acabam por fortalecer o estado… e simultaneamente credibilizar a igreja, transmitindo uma imagem de utilidade pública.

Capelães fornecem normalmente apoio “espiritual” aos militares… e obediência sob ameaça de castigo divino.

Capelães sempre se colocaram ao lado das ditaduras de estado, mesmo quando estas promovem a guerra. O seu apoio tornou-se fundamental para a robustez do estado… tal como o estado se tornou indispensável para a sua manutenção e sobrevivência.

A igreja sempre precisou de capelães para doutrinar os militares!

O estado sempre precisou de militares crentes, obedientes e fiéis!

É um casamento que remonta aos primórdios da religião e das primeiras organizações militares…

Existe uma conjugação de interesses que une militares e capelães.

Porém, diz o bom senso que os “Militares devem estar nos quartéis… e os capelães nas capelas!”

Quando tal não acontece ou quando extrapolam as suas funções, os resultados são trágicos para ambos e sobretudo para a humanidade.

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-06-24
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Obs.:
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