“São os ricos
que governam e os pobres vivem como podem”
Saramago
“Querem
trabalhadores pobres e eficientes e não seres humanos pensantes…”
Jiddu
Krishnamurti
“Um povo
ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição” …
Simón Bolívar
Os governos,
as religiões, os grandes grupos económicos e financeiros precisam de
mão-de-obra barata para gerar e gerir a sua riqueza.
Os governos,
as religiões, os grandes grupos económicos precisam de trabalhadores eficientes
para se sustentarem. Sem força de trabalho, sem produção, estes grupos e dirigentes,
que acumulam a riqueza produzida, não sobreviveriam ou não existiriam.
Este sistema atual
precisa de trabalhadores pobres, ignorantes, eficientes…
Este sistema
usa a pobreza, a fome, a falta de educação, a saúde e serviços públicos
precários… para controlar a mão de obra produtiva e lucrativa… e normalmente não
gosta de “seres humanos pensantes” pois podem interferir negativamente no seu
processo lucrativo.
Este sistema
domina e vive rodeado de privilégios, de elitismos, de teias de poder, como
“dono disto tudo” … e não gosta de ser afrontado, pois esmaga quem se opõe ao
seu poder e domínio.
Este sistema
manipula políticas sociais e ambientais, cria ilusionismos ideológicos, patrióticos,
religiosos…
Este sistema
produz alimentos e armamento… campanhas publicitárias alimentares… e armas que
suportam guerras fratricidas… genocídios… conflitos sociais e raciais… crimes
contra a natureza e humanidade… tudo o que possa aumentar o seu lucro, o seu
poder e o seu domínio.
Centrado na
produção e consumismo exacerbado, desenvolveu-se exponencialmente com a
globalização comercial… domina a economia, a sociedade… e, se necessário, sem
qualquer pudor, usa o estado e a religião para alcançar os seus objetivos, criando
uma vasta massa de pobreza que controla a seu belo prazer.
Neste sistema
social, o rico é sempre rico e o pobre é sempre pobre.
Neste sistema
social, o rico é cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre.
O pobre é sempre
o mais desfavorecido. Passa a maior parte da vida a trabalhar porque precisa sempre
de alguma coisa para a qual normalmente tem que se endividar e a maior parte das
vezes, não consegue suportar o esforço que lhe é exigido… pouco tempo tem para
pensar ou desfrutar a vida e normalmente acaba vergado e humilhado na sua
dignidade.
Supostamente
o estado deveria ter políticas para defender e apoiar os mais fracos, os mais desfavorecidos,
os mais pobres… mas, na realidade, acontece
precisamente o contrário: o estado apoia
e defende os mais ricos e poderosos. A classe política, nascida ou embrenhada
nestas teias do interesse económico e financeiro, geralmente elabora leis e regras
de trabalho em favorecimento os que mais têm.
Urge mudar a mentalidade.
Urge mudar a
ideia que faz acreditar os pobres que a culpa da pobreza é apenas sua.
Se um estado
ou um banco falirem são os pobres que pagam com os seus impostos.
Se um pobre
falir, normalmente perde a casa, o carro… é desprezado na miséria… morre… morre
como um simples número que é substituído imediatamente por outro número.
Alguém se
importa que neste inverno um pobre tenha que escolher entre um prato de sopa e
um aquecedor elétrico?
Alguém se
importa que um pobre vagabundo com fome e frio morra na rua? Na verdade, é apenas
um inadaptado, um falhado…
Nunca se gastou
tanto em armamento e nunca tantos passaram tanta fome… a maioria idosos e
crianças.
Nunca tão poucos
tiveram tanto e tantos tão pouco.
Nunca a
riqueza da terra esteve tão mal distribuída como agora.
Curiosamente
nunca perguntamos de onde vem e para onde vai tanto dinheiro?
Aceitamos a injustiça
e desigualdade social com normalidade e naturalidade.
Aceitamos despreocupadamente este sistema.
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Autor:
Carlos Silva
Data: 2019-08-13
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados.
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