Não
será, de todo, correto questionar…
“Existe
ou não um deus?” ...
Deveria
partir-se do pressuposto da sua manifesta inexistência…
“Se
existisse um deus?” ...
Não
serei eu, nem ninguém, certamente, que aferirá ou negará a existência de um
“deus”!
O
dito “divino” depende, antes de mais, da inteligência e perceção individual
relativamente à análise da realidade… que é consistente, objetiva, solida, e
por vezes, até cruel com os seres que habitam o planeta terra.
A
realidade diz-nos apenas que nascemos, vivemos… e morremos!
Esta
é a realidade da condição humana e de todos os seres vivos!
Não
é o ser humano, que se julga privilegiado, e se autocoloca no topo da pirâmide,
que define as regras. É a natureza… e de forma implacável!
Quem
vive em função de um “deus” pré-definido por doutrinação cultural ou por
imaginação pessoal, tem necessariamente que negar a própria racionalidade e
predispor-se a sacrificar o mais sublime e irrepetível valor de toda a
humanidade: a vida!
Sacrificar
a vida… implica morrer, antes mesmo de morrer!
É precisamente pela vida, pela capacidade de criar e imaginar, que
podemos questionar a existência de um “deus”; é ela que nos permite evoluir e
raciocinar ao ponto de considerar um autêntico absurdo a existência de uma
entidade divina fora do contexto mental humano.
Somos
suficientemente racionais para não perder mais tempo a tentar provar ou negar a
existência de “deuses” … pois, realmente,
não se pode comprovar a sua existência!
Não
se pode provar o que não existe!
É
perfeitamente óbvio a qualquer mente minimamente ciente que o Homem, quando
pensou criar o seu “deus”, teria previamente que existir, tal quando começou a
pensar que esse mesmo deus o criou a si.
Sem
Homem, não existe “deus”!... é um facto!
Não existindo
qualquer prova ou evidência da sua existência, deveria partir-se sempre do
pressuposto da sua óbvia inexistência.
A
questão tem sido amplamente debatida e alvo de combates inflamados entre
crentes e descrentes para justificar ou impor a sua posição…
Outrora
a crença esmagava implacavelmente crenças e descrenças, impondo a sua
divindade.
Agora
a descrença começa a observar cientificamente, começa a constatar a evolução da
humanidade e toda a biodiversidade; começa sobretudo a libertar-se da crença…
O
conceito de “deus” que a religião católica procura impingir aos seus mais
vulneráveis fiéis, é completamente absurdo, irracional e primitivo.
Qualquer
mente, minimamente ciente, consegue facilmente desmascara-lo, bastando para tal
conhecer alguns factos históricos e científicos dos últimos dois milénios.
Obviamente
não encontrará qualquer dado científico sobre a sua suposta autocriação,
criação do sol, da terra, da humanidade e toda a biodiversidade… -em seis dias,
porque ao sétimo decidiu descansar!
Obviamente
não encontrará qualquer dado científico sobre nenhum “deus” … simplesmente
porque não existe!
Nunca
ninguém viu nenhum “deus”!... é um facto!
Na
data alusiva à sua génese não existem referências biográficas ou históricas a
qualquer ser supranatural. Poder-se-á, eventualmente, equacionar o nascimento,
existência e falecimento do carpinteiro José; mas, tão somente o ser humano…
que tal como todos os José’s da altura, simplesmente habitaram o planeta terra,
algures em Jerusalém.
Em
Jerusalém, ou em qualquer outra parte do mundo, jamais, em tempo algum, alguém
morreu e voltou para contar a sua façanha!... é um facto!
O
objetivo da questão, será, eventualmente, mais evidente que o da invenção, pois
é observável e acessível a qualquer mente minimamente racional…
Basta
observar toda a riqueza e ostentação do Vaticano!
Basta
observar toda a riqueza e ostentação de Igrejas e Catedrais da Igreja Católica!
Basta
observar toda a riqueza e poder de todas as crenças!
Basta
observar toda a riqueza e poder e comparar com a realidade!
Existe
ou não um deus?!
Se
existisse um deus como seria atualmente o mundo?!
Pois,
é indiferente questionar… seria igual!
Esta
é a realidade…
Questione-se,
ou não!
Acredite-se,
ou não!
Autor: Carlos Silva
Data: 2022-05-12
Imagem: Internet
Obs.:
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