O crente,
normalmente, reage com deleite quando as suas ilusões são estimuladas…
O crente,
normalmente, reage com deleite quando ouve o que gosta de ouvir ou é reiterado
o que lhe foi incutido como autêntico e inquestionável.
O crente,
normalmente, é submisso quando alimentado, confortado ou lhe são garantidos
milagres e eternidades. Em contrapartida, se contrariado, se questionada a sua
fé ou a autenticidade da sua divindade, reage de forma agressiva, e, em casos
mais extremos, de forma violenta.
Perante a falta de
argumentos, torna-se emotivo -como se a diferença de opinião ofendesse a sua
divindade… ou se, de pecado se tratasse.
O crente,
normalmente, acredita que o seu deus morreu e ressuscitou para o salvar e
salvar toda a humanidade… -exceto os não-crentes e os descrentes… -esses irão
para um local infernal, algures entre o céu e a terra.
O crente,
normalmente, acredita que o seu amigo imaginário concebeu um dilúvio para matar
homens, mulheres, crianças e alguns animais irracionais… simplesmente porque
estaria zangado e queria castigar aqueles que ele próprio criou.
O crente,
normalmente, não sabe ou não se importa com a violência e insanidade que
proclama… aceita-a como natural e divina, sem sequer observar, testar ou questionar.
O seu “deus”, qual
super-herói, é “controlador, mesquinho, injusto, genocida, vingativo, sedento
de sangue, perseguidor, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento,
megalomaníaco sadomasoquista, malévolo” … -ainda assim, adora-o!... ama-o!... e
tem uma fé inabalável na sua existência… que logicamente é incapaz de provar.
O crente é,
obviamente, incapaz de provar a sua existência, porque nunca o viu… e perante a
falta de argumentação, normalmente foge, assumindo uma atitude passiva para não
cair no ridículo.
Subjuga-se ao medo
duma punição e ao pecado de ousar duvidar, numa espécie de luta interior com a
própria consciência.
Refugia-se, então,
na oração e na adoração da imagem que lhe foi incutida, enclausurado… onde se
sente útil e ocupado.
Limita-se a viver
de acordo com os padrões que lhe foram doutrinados e incutidos como verdades
absolutas.
O crente,
normalmente, pede ajuda ao pastor para resolver os seus problemas… para tal tem
necessariamente que abdicar de raciocinar, ao ponto de assumir convictamente
que o seu “deus” os resolverá.
O crente, na
realidade, acaba por sacrificar a sua única e preciosa vida em prol duma
ilusão!
Autor:
Carlos Silva
Data: 2022-12-13
Imagem: Internet
Obs.:
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