2024-11-14

1048. Poesia

 



A

 

Unidade fragmentada por poetas desejosos de unidade

 

Infinidade magistral onde divagam platonismos de Ser para o Ser

 

Realismo circular onde se criam paisagens de sonho na monotonia da Realidade

 

Esquecimento onde se abandona Ser e Não-Ser de cada ser

 

Mar tempestuoso superiormente estético onde navegam corações d'almas agitadas

 

Ser

 

Z



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1047. Pessoa

 


Pessoa mais pessoa seria

Se da Vida tão cedo não se despedia

Se tanto não se dispersasse em histeroneurastenia

 

Pessoa mais pessoa seria

Se da infelicidade não tivesse consciência

Se (in)verdade não fosse a procura da consciente felicidade

 

Pessoa mais pessoa seria

Se mais feliz fosse a essência da sua emoção

Se mais tivesse amado e menos se tivesse dividido

 

Pessoa mais pessoa seria

Se menos fingidor tivesse sido

E mais Sensorialmente Pessoa tivesse sido (vivido)

 

Mas quem sabe se menos emoções não tivera sentido

E simples pessoa não tivera sido

Dos leitores do que o tiveram sentido

 

Pessoa é Poesia Sentida

É Sangue duma Imagem Viva

É Palavra e Pão de Portugal

É Terra Mar Absoluto Universal

 



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1046. Desabafo

 


Estou cansado de Camões

De Garretts Eças Pessoas

De Orfeus Presenças

De clássicos modernistas tradicionalistas

 

Estou cansado de Afonsos Sebastiões

De mecanismos semânticos morfossintáticos fónicos

De matérias decoradas

De perguntas desnecessárias

 

Estou cansado de tudo

 

Viva a Pura Arte Viva

Viva a Liberdade

Viva o Eterno Humano

Viva o Sentimento o Amor

 

Não sei quem sou

Mas quero ser Eu

Novo diferente original

Especial se possível

 

Estou exausto

Quero Viver



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1045. Um coração de poeta

 



Um coração de poeta sente

O que só um coração de poeta sente

Sente para além dos sentimentos

Sente todos os momentos



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1044. Impressões de um poeta


 

Era uma vez a vida

Brinca o poeta fingindo

Que a vida não é nada

Chorando a dor sorrindo

 

Sorriso artificial

Dum sonho de beleza dor

Real e imaginária

Que guardas no interior




Nota:

Um poeta vive, na generalidade, de uma forma intensa, procurando sempre Algo... o porquê da sua própria vida, a razão do seu ‘Ser’. No entanto, ante a incapacidade de realização e a frustração de não alcançar esse ‘Algo’, brinca com a própria vida (“Era uma vez a vida”), “fingindo que a vida não é nada”. Mas, apesar de fingir, sentiu, e continua a sentir essa sua frustração e incapacidade que tenta sublimar (“Chorando a dor sorrindo”) que, no fundo, é a pura realidade. “Nada” é a ‘falsa imagem’ que o poeta nos oferece da vida, porque ao que sente na realidade, o leitor jamais terá acesso.  É, pois, através desse “sorriso” falso, “artificial” que o poeta procura transmitir o verdadeiro (“Sonho de Beleza”), “chorando” interiormente essa sua incapacidade de materializar, de artificar, de oferecer ao leitor a sua própria realidade. O “chorar” e o “sorrir”, serão, pois, o reflexo dessa sua dor (a “Real” -que realmente sente -e a “Imaginária” a que o leitor também já não terá acesso, por não passar duma representação mental da primeira -não existe!). Ao leitor está reservado apenas o que lê, ou seja: a representação dessas duas dores que se transformará numa terceira (mental, intelectual); a sua!


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1043. Viver a vida

 


É tão bom correr saltar nadar

Rolar na areia e pular no mar

Sem ter que me importar

 

É tão bom sorrir sentir abraçar

Girar ao sol e à luz do luar

Sem ter que me importar

 

É tão bom ter um beijo para te dar

Loucamente Amar e um Fim alcançar

Sem ter que me importar

 

Para que quero Bem Mal Racionar

Se tenho Tudo assim sem pensar

Sem ter que me importar