2022-10-20

0308. Um Presidente católico ou um católico Presidente?

 


Após a Comissão Independente ter divulgado o número de queixas de abusos sexuais de menores no seio da Igreja Católica, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não se mostrou muito surpreendido, e, como sempre, resolveu comentar o assunto:

 

“Haver 400 casos não me parece que seja particularmente elevado… (disse) por não haver um limite de tempo para as queixas… noutros países com horizontes temporais de investigação mais pequenos houve milhares de casos” …

 

Quem está minimamente atento ao que se passa em Portugal e ouve o Presidente afirmar que “400 casos de pedofilia não é um número particularmente elevado”, certamente não ficará indiferente, e, como seria de esperar, estas palavras geraram uma autêntica tempestade política.

 

Ondas de “choque” e de “vergonha” invadiram por completo a Presidência da República…

“Miseráveis!” … “Inaceitáveis!” … “Lamentáveis!” … é um “insulto para as mais de 400 pessoas em causa” … “é este o Presidente de uma República laica e de um Estado de Direito”...

André Ventura, líder do Chega, iria ainda mais longe exigindo um pedido de “desculpa às vítimas” e salientando que: “uma vítima de abusos sexuais, mesmo que fosse só uma, já seria muito grave”.

Por sua vez, o Primeiro-Ministro, António Costa, com toda a oportunidade e reconhecida audácia, seria o único a manifestar “total solidariedade” com as palavras do Presidente, aludindo que se trata de uma "interpretação inaceitável”. "Todos nós conhecemos bem o Presidente da República"… por isso, "todos sabemos bem que, para uma pessoa como o professor Marcelo, um caso que fosse de abuso sexual sobre crianças seria algo absolutamente intolerável". “Quem tem de pedir desculpa é quem interpretou mal as palavras do Presidente".

 

Já no meio do vendaval, Marcelo ainda tentou acalmar um pouco os ventos alegando que tinha sido “mal interpretado” e que “respeita a opinião dos partidos como respeita a opinião das vítimas, das pessoas e das figuras da Igreja que ficaram muito melindradas…”

“Estamos em democracia (…), aceita-se a crítica e ninguém pode ficar ferido, amuado ou magoado com isso e percebo que as pessoas tenham opiniões diferentes, juízos diferentes, achando que eu não disse exatamente o que queria dizer e que tenho dito sempre”.

 

Ora, fazendo jus às suas palavras…

Este vulgar cidadão, não poderia também deixar de emitir a sua modesta opinião sobre o assunto do momento…

 

Evidentemente que, no momento, o que mais importa é desmascarar e punir os autores e ocultadores dos abusos sexuais de menores no seio da Igreja Catónica e averiguar o que está realmente na origem desta conduta… mas, para além de toda a polémica, há que realçar um facto:

 

As palavras do Presidente despertaram inúmeras vozes que, até ao momento, se mantinham impávidas e serenas no seu calmo e confortável recanto… não apenas as mais sonantes do espectro  político e cultural nacional, mas também os media e sobretudo o cidadão comum nas redes sociais.

 

Finalmente é questionada a relação Estado/Religião!

Finalmente é questionado e investigado o abuso sexual de menores no seio da Igreja Católica e o que é que está na sua origem!

 

Ainda são bem recentes as declarações do Vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. António Marto, que veio a público afirmar que “em Portugal não existem casos concretos de pedofilia na Igreja”, justificando assim a desnecessidade da criação duma comissão para analisar a questão.

A “Comissão Independente” surgiu como uma espécie de resposta nacional ao enorme escândalo que eclodiu em França, em que, alegadamente, “330 mil crianças teriam sidovítimas de pedofilia na Igreja Católica

 

Questionemos então:

 

Temos, afinal, um Presidente que age com base na sua fé católica ou apenas mais um católico na Presidência da República que se ajoelha aos pés do Papa a beijar a sua mão?

 

Estas últimas palavras terão sido apenas mais um deslize ou desta vez foi longe demais e mais uma vez terá querido proteger a Igreja?

 

Não se trata de questionar a integridade do Presidente!

Não se trata de afirmar que a fé católica do Presidente pode influenciar a sua avaliação dos casos de abusos sexuais na igreja!

Não!

 

É por demais evidente que a fé católica do Presidente tem condicionado a sua intervenção como Chefe de Estado.

É por demais evidente que a fé católica do Presidente tem influenciado o futuro de milhões de inocentes crianças e sobretudo o destino desta geração.

 

O já célebre “conseguimos” (ele conseguiu!) a propósito do seu apreciável contributo para trazer para Portugal as “Jornadas (Católicas) Mundiais da Juventude em 2023” é um exemplo flagrante duma intervenção desenquadrada com a missão de Chefe de um Estado laico e democrático.

“Graças a Deus” (graças a ele!) conseguimos organizar as “Jornadas Mundiais da Juventude” no nosso país!

Até o bispo reconheceu que o Presidente é “o nosso melhor pivô, o nosso maior embaixador”.

Como é que um país que claramente declara a sua laicidade, onde vigora a liberdade “religiosa” (supostamente separada do Estado) organiza uma “missa” de largos milhões de euros á custa do erário público, patrocinada pelo Presidente, com direito a foto promocional com os intervenientes no local da dita.

 

O Presidente é uma pessoa íntegra, inteligente, um excelente comunicador…

Ninguém duvida.

O Presidente, ainda que tardiamente, teve a humildade de vir publicamente pedir desculpa…

Ninguém duvida.

Mas, após toda esta tempestade, o que é que fica?

 

Fica a fé católica do Presidente de Portugal.

 

Fica a proteção e a promoção da doutrinação religiosa infantil por parte do Presidente.

Fica a desvalorização de comportamentos pedófilos e sobretudo uma grande falta de respeito pelas vítimas por parte do Presidente da República.

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-12
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.


2022-10-10

0307. Privilegiado

 

 

Sou um dos privilegiados desta vida

 

Sempre lhe sorri e sempre me sorriu ainda mais

 

Sempre viajei em paz comigo e com os demais

Sempre viajei serenamente contigo amando mais e mais

Sempre realizei o que sonhei sem nunca desejar demais

Por isso quando partir partirei completo e não quererei mais

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-09-12
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.


2022-10-06

0306. Hipermercado vs Igreja

 

 


Na minha cidade existe um Hipermercado que vende todo o tipo de produtos… deste carne, peixe, vestuário, até aos mais variados tipos de eletrodomésticos.

Ao lado está uma Igreja que também vende todo o tipo de produtos… desde missas, terços, crucifixos, até aos mais variados souvenirs alusivos à fé no seu deus.

 

O gerente do Hipermercado é uma das mais distintas figuras da comunidade com bastantes conhecimentos na área da economia; eventualmente não tantos como o pároco da Igreja, também ele uma celebridade entre os fiéis, que, mérito seja reconhecido, além de excelente gestor de almas, é também um brilhante administrador financeiro.

Muitos dos clientes do supermercado são obviamente crentes e assíduos frequentadores da igreja. Não é raro ver as mesmas caras num e noutro local, sobretudo ao fim de semana.

 

A diferença fundamental entre os referidos locais é bastante óbvia: enquanto no primeiro se alimenta primordialmente o estomago, no segundo alenta-se fundamentalmente a alma.

No primeiro é indispensável comprar, porque se não o fizer acaba mesmo por ir desta para melhor.

No segundo embora seja dispensável comprar, acaba sempre por o fazer; afinal nenhum católico quererá deixar de reservar o seu lugar no céu.

 

Em ambos os casos existem fortes campanhas de marketing dos respetivos produtos; de resto com grande sucesso, tal como demonstram os resultados positivos por ambos exibidos.

 

A diferença fundamental entre as duas campanhas publicitárias é simples: a primeira é baseada num produto real e o lucro varia em função do mercado; a última é baseada num produto fictício e o lucro, embora também variável, é praticamente 100%.

A principal semelhança (objetivo) é clara: o lucro!

 

Há quem diga que o “dinheiro é fonte de pecado” … mas, o que é certo, é que sem dinheiro, nada se faz!

 

Em ambos os locais tem que se pagar os respetivos serviços pois ninguém oferece nada a ninguém!


Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-05
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.


2022-10-04

0305. Mahsa Amini

 

 

Mahsa Amini era uma jovem de 22 anos… e tinha toda uma vida para viver!

Tinha toda uma vida para viver, mas, tal com muitas outras jovens que nasceram no tempo e local errado, já não tem!

Assassinaram-na!

 

Mahsa cometeu o crime de usar um véu que deixava à vista parte do seu deslumbrante cabelo!

Viajou até à capital, Teerão, simplesmente para ir visitar a sua família, mas o tão desejado reencontro acabaria por não se concretizar. Seria detida pela “polícia da moralidade” que vigia comportamentos e vestes das mulheres em locais públicos.

Seria detida e morta na esquadra desta polícia por violar as regras impostas pelo seu estado islâmico… regras alegadamente determinadas por uma divindade!

A forma de usar a roupa é uma imposição. Quem violar os mandamentos divinos ofende a moral e os costumes e pode ser condenado à morte.

Os assassinos, como sempre acontece neste tipo de regimes de extremismo religioso, estão sempre acima da lei, simplesmente porque são a própria lei.

Um pouco por todo o país, gerou-se uma onda de protestos com inúmeras mulheres a queimarem os seus véus e a cortarem o cabelo em plena praça pública…

Manifestantes, em fúria, têm bloqueado estradas, incendiando contentores e veículos da polícia enquanto entoam “slogans” contra o governo… protestos que têm sido violentamente reprimidos, gerando, nestes primeiros dias, inúmeros mortos.

Perante a pressão da opinião pública para que os autores da morte de Mahsa sejam condenados, eis que o governo vem justificá-la com um “ataque cardíaco” … comunicado que só contribuiria para o agravamento da tensão e das manifestações.

De uma vez por todas, está na hora de, em uníssono, levantarmos a voz e sairmos para a rua para lutar contra os estados instrumentalizados e doutrinados por religiões extremistas.

De uma vez por todas, está na hora de, em uníssono, condenar as suas violentas tradições ancestrais que manifestamente violam os mais elementares direitos humanos e em particular os da mulher.

Em Pleno Século XXI é intolerável que a forma de usar uma peça de roupa ou de compor o cabelo não sejam uma escolha da mulher… e tal seja punido com a morte!

 

Está na hora de lutar pela liberdade!

 

É urgente evitar que morram mais Mahsa’s!

 

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-09-22
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.


2022-09-30

0304. Concílio de Niceia


 

O Primeiro Concílio de Nicéia terá ocorrido pelo ano de 325 na cidade de Niceia, atual Iznik, Turquia…

Este concílio reuniu a maior parte dos bispos ditos cristãos e foi então organizado e presidido pelo então Imperador Constantino, o Grande.

Seria eventualmente a primeira assembleia da cristandade… a primeira tentativa de unir a maioria das crenças e alcançar o maior consenso possível no seio da Igreja Católica.

De acordo com alguns registos da época, Constantino terá convidado cerca de “1800 bispos da igreja cristã dentro do Império Romano, tendo estado presentes pelo menos 318”.

De entre as inúmeras resoluções tomadas, salienta-se a criação da Teologia, a homologação da “natureza divina de Jesus e a sua relação com o Deus Pai”, a construção do Credo Niceno e a promulgação da lei canónica de onde desabrochariam os primeiros passos da atual Bíblia.

A maior parte dos livros religiosos da época seriam recolhidos ao mesmo tempo que era ordenado que a mesma fosse traduzida para o latim e usada posteriormente pela Igreja Católica.

“Nos seus primeiros séculos, a Igreja Católica serviu-se sobretudo da língua grega e seria precisamente nesta língua que foi escrito o Novo Testamento, bem como muitos escritos cristãos dos séculos seguintes”.

Seria então produzida a “Vulgata” para uma mais fácil compreensão e assimilação relativamente às suas predecessoras.

Foi a primeira e por muitos séculos única versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. A versão latina da Bíblia foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos e é, ainda hoje, fonte para inúmeras traduções.

 

Pelo ano de 431, seria acrescentado à Bíblia o “Culto da Virgem” e um pouco mais tarde inventado o “Purgatório”, o “Celibato” a “Confissão” …

Pelo ano de 1190 é criada a “Santa Inquisição”; são vendidas “Indulgências”; é inventada a “Imaculada Conceição”... entre tantas santas e santos que por milhares se podem hoje contar!

 

A Igreja mandava em praticamente tudo e todos!

Desde o mais pobre e desafortunado até ao mais rico e poderoso, passando por imperadores, reis e rainhas…

O seu poder era absoluto e intocável.

 

Criaram milagres e pecados…

Amedrontavam com torturas e infernos e subornavam com paraísos e eternidades…

Escolhiam, em nome do seu “deus”, quem ia para o céu ou para o inferno…

Condenavam e queimavam os blasfemos e os que professassem outra religião aplicando as leis divinas que criavam…

 

Passados quase dois milénios sobre este e tantos outros “concílios, persistem as guerras santas, a fome, a miséria… e sobretudo a ignorância humana.

As religiões continuam a alimentar-se dos mais pobres e desfavorecidos que nelas procuram consolo, saúde e sobretudo salvação.

 

Com despontar o Século XXI, com a globalização da informação e do conhecimento, a humanidade começa finalmente a despertar para a inexorável realidade…

Apesar da persistente doutrinação, é evidente o insanável descrédito e declínio generalizado de todas as crenças. São cada vez menos os jovens que se deixam aprisionar pelas teias da religião… sobretudo pelo conhecimento adquirido, pela necessidade de descobrir e sobretudo pelo seu pensamento lógico e racional.

A aposta na educação e no conhecimento científico acaba por ser inevitável.

 

A religião (Cristo) tem acompanhado a história de parte da humanidade ao longo dos últimos dois milénios… mas tal não configura um facto histórico!

O que está na origem de todo o pensamento religioso é o próprio homem. Pensando ou não, sem homem não existe religião.

 

A verdade acaba sempre por emergir e vingar-se de quem a procura desrespeitar!

 

Questione, pois, sem medo!...

Não questionar a religião é admitir a imperceção da ilusão.

 

Não escolheu a sua religião, mas está a tempo de escolher a sua liberdade!

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-09-29
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.


2022-09-23

0303. "Peregrinação das crianças"

 


 

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2012042/fatima-recebe-milhares-de-criancas-em-peregrinacao-apos-2-anos-de-pausa?fbclid=IwAR2kr5v79KGCsD3f2c8w__zOGQwN8zNf_nNv7wWY4x9FWhlBI3OW1V5nBv0

 

“Fátima recebe milhares de crianças em peregrinação após 2 anos de pausa”

 

Gostei muito de ver Nosso Senhor", uma frase do vidente de Fátima, Francisco Marto, é o tema da peregrinação, para a qual os serviços do Santuário esperam grande afluência, tendo em conta que este momento concentra, nalguns anos, um número de participantes maior do que o registado na Peregrinação Aniversaria de 12 e 13 de outubro.

As cerimónias da Peregrinação das Crianças serão presididas pelo bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, e o programa começa na noite de quinta-feira, com uma vigília de oração, às 21:00, na Basílica da Santíssima Trindade, onde, na manhã do dia seguinte, terá lugar uma encenação relativa ao tema da peregrinação, a partir das 09:30.

Após a recitação do rosário, às 10:00, na Capelinha das Aparições, segue-se a celebração da missa às 11:00, no recinto de oração. O dia terminará com a repetição da encenação da manhã, às 15:00, na Basílica da Santíssima Trindade, à qual se seguirá a celebração de despedida.

Os grupos de crianças presentes terão um lugar reservado no recinto de oração, durante a missa da peregrinação e, no final, como é tradição, receberão uma surpresa que ficará a assinalar a sua presença na Cova da Iria neste dia.

O tema da peregrinação remete para "a experiência do encontro íntimo, pessoal e transformador com Cristo", segundo informação do Santuário de Fátima.

"Em Fátima, três crianças -- Lúcia, Francisco e Jacinta - tornaram-se testemunhas de um encontro profundo com Cristo Ressuscitado. (...) A intimidade da amizade com Jesus, que viram naquela luz, transformou o coração e o olhar dos três. Cada um, a seu modo, passou a ver tudo e todos com a mesma compaixão de Jesus. E as suas vidas tornaram-se sinal luminoso desse amor", refere a apresentação desta peregrinação, que tem o objetivo de despertar as crianças em grupos de catequese para a mensagem de Fátima e dar-lhes a conhecer a vida e a espiritualidade dos santos Francisco e Jacinta Marto.

07/06/22  LUSA

 

 

Em pleno século XXI, é impossível a qualquer mente minimamente sensível e racional, assistir a este contínuo massacre de crianças indefesas e ficar absolutamente indiferente!

 

A doutrinação religiosa de crianças é uma flagrante violação de liberdade e personalidade!

 

A doutrinação religiosa de crianças tem que ser objeto de um amplo debate público para esclarecer as suas reais causas e sobretudo denunciar as suas nefastas consequências!

 

Nenhuma criança nasce devota de imagens de pedra, madeira ou gesso!

São influenciadas para acreditarem piamente em seres imaginários!

 

Pela envolvência simbólica do cenário e sofreguidão do discurso apresentado, certamente que muitas destas crianças idealizarão o seu “Senhor” e a maioria ficará plenamente convicta que realmente ali o viu!

 

É um assunto demasiado grave para não ser levado a sério!

 

Não se trata de transmitir inofensivas mentiras a inocentes crianças!...

Trata-se de transformar mentiras em verdades inquestionáveis com o vil propósito de manter acesa a chama da religião… até se tornarem adultas… úteis e rentáveis aos doutrinadores!

 

Trata-se de incutir mentiras em inocentes antes de alcançarem discernimento racional ou terem acesso a informação fatual, o que lhes pode acarretar graves consequências para o futuro.

A maioria destas crianças, ao chegar à idade adulta, acreditará incondicionalmente nestas falsidades e deixará de ter capacidade crítica para as questionar.

Cegarão… não terão sequer consciência da cegueira que os condenará a uma dependência e subserviência total aos doutrinadores, ocultos sobre o manto de entidades supremas e divinas.

 

 

"Gostei muito de ver Nosso Senhor"

(…)

"Em Fátima, três crianças (Lúcia, Francisco e Jacinta), tornaram-se testemunhas de um encontro profundo com Cristo Ressuscitado. (...)

 

No caso acima apresentado pela LUSA, o objeto de doutrinação infantil é precisamente a “visão” de uma pobre criança de 9 anos, um dos “videntes”, usado e exorbitado na construção da mentira que agora se pode obviamente constatar.

 

O objetivo da doutrinação infantil?!...

Neste caso em concreto, obviamente prolongar no tempo a mentira de Fátima, também ela sustentada sem o mínimo pudor na inocência de três pobres crianças… hoje principal fonte de rendimento da Igreja em Portugal e fundamental para a sua sobrevivência.

 

O objetivo geral da doutrinação de Fátima?!...

 

João Ilharco revelou-o (denunciou-o) melhor que ninguém:

 

“O sobrenatural de Fátima foi obra de um pequeno grupo de eclesiásticos, inteligentes e ousados, que tinham contra o regime republicano, implantado em 1910, grandes ressentimentos.

A República reduzira a importância social do clero e os seus rendimentos, e isso levou os padres a hostilizarem abertamente o novo regime, tanto no púlpito como fora dele.

E se eclodisse em Portugal um fenómeno sobrenatural, capaz de causar alguns engulhos a republicanos e livres-pensadores?

Usando de prudência e de absoluto sigilo, dois ou três eclesiásticos começaram a estudar um plano de atuação -e desses conciliábulos nasceram as aparições da Cova da Iria, na freguesia de Fátima, distrito de Santarém.

Os autores do sobrenatural de Fátima pretendiam alcançar três objetivos imediatos:

1º - Tentar a fundação de uma nova Lourdes, que conservava então o primeiro lugar entre os centros de peregrinação do mundo católico.

2º - Arranjar uma copiosa fonte de receita para a propaganda católica.

3º - Fazer de Fátima uma arma contra o regime republicano, implantado em Portugal em outubro de 1910.”

 

O fim último desta doutrinação é obviamente o lucro. O autêntico “deus”: O DINHEIRO!

 

Uma ilusão fundamental à continuidade e à sobrevivência da religião!

 

Criar, perpetuar e explorar uma ilusão até ao limite… até que o povo finalmente abra os olhos e desperte para a realidade dos factos. Há custa de muito sofrimento… é inegável!

 

Enquanto o interesse do estado/clero continuar a prevalecer sobre o interesse destas inocentes crianças, que ainda não têm capacidade para distinguir a fantasia da realidade…

 A doutrinação continuará…

A mentira perdurará…

 

É evidente que não basta apenas ler e entender os factos… não basta apenas ficar indignado…

É preciso agir em defesa dos doutrinados, dos que realmente sofrem as trágicas consequências desta doutrinação infantil…

 

As crianças!

 

Afinal, “o futuro são as crianças!”

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-06-29
Imagem: Internet
Obs.:
Direitos reservados.